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A RELAÇÃO INTERCULTURAL ENTRE SOCIEDADES E POVOS ORIGINÁRIOS

RIBEIRO, Maria Eduarda Stedile Antunes ¹; RADVANSKEI, Iziquel Antonio ²
Curso do(a) Estudante: Direito – Escola de Direito – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Filosofia – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: A análise das relações interculturais entre povos indígenas e a sociedade ocidental, a partir do perspectivismo, revela importantes diferenças ontológicas e culturais. OBJETIVOS: Este estudo objetiva investigar essas relações a fim de contribuir para a preservação e o respeito às culturas indígenas, trazendo também problemas enfrentados atualmente. Buscando entender o pensamento ameríndio, destacam-se as diferenças entre os povos indígenas e a sociedade ocidental e busca-se compreender as relações interculturais e identificar políticas públicas que promovam a igualdade e justiça social em terras indígenas, principalmente no quesito de fronteiras. MATERIAIS E MÉTODO: A metodologia utilizada envolve uma revisão bibliográfica de autores que abordam as realidades dos povos originários, e as polemicas de demarcação de terras, bem como uma análise desses dados obtidos. O coletado foi analisado por meio de técnicas de análise de conteúdo para identificar padrões de contato externo do povo analisado. RESULTADOS: Os resultados tratam de como a globalização desafia o sentimento de identidade cultural, perpetuando a dominância cultural eurocêntrica que ainda influencia a ideia de cultura. Essa visão eurocêntrica considera a humanidade como pertencente à tradição ocidental, excluindo o resto e dividindo a realidade em duas: humana e mundo. O perspectivismo propõe uma visão alternativa desta, considerando diferentes seres como dotados de consciência e intencionalidade, compartilhando características culturais humanas, sejam elas ou não. A cosmologia yanomami estudada apresenta um universo complexo e interconectado, onde todos os seres e elementos naturais interagem. Essa visão analisada pela pratica perspectivista destaca a importância de uma abordagem mais holística e interconectada das relações entre os seres no mundo, promovendo uma convivência harmônica e enriquecedora entre diferentes tradições de pensamento, alcançando assim uma interculturalidade propriamente dita. Traz se também as problemáticas enfrentadas pelos yanomami no contexto de demarcação de terras, quais seguem sendo ameaçadas pelo garimpo, desmatamento e descaso governamental e jurídico, como exemplo a tese do marco temporal. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A discussão e conclusão deste estudo apontam para a necessidade de uma nova visão de realidade para se ter uma maior valorização e respeito às culturas indígenas, reconhecendo suas contribuições únicas e promovendo uma interação que beneficie todas as partes envolvidas, e tratando também das teorias de demarcação de terras, sugere projetos em andamento e formas de preservação quais seriam recepcionadas pela a Constituição de 1988, atingindo sua máxima de igualdade entre todos os povos que fazem desse país o Brasil.

PALAVRAS-CHAVE: Perspectivismo; Interculturalidade; Povos Originários; Multinaturalismo.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.