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NÍVEIS DE ATIVIDADE FÍSICA DE ADOLESCENTES BRASILEIROS

OLIVEIRA, Bernardo De Leão Brown Antunes De ¹; RAMOS, Bruna ³; TABORDA, Matheus ³; HINO, Adriano Akira Ferreira ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Educação Física – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: A prática de atividade física é amplamente reconhecida como essencial para a promoção da qualidade de vida e saúde, especialmente entre os adolescentes brasileiros. Apesar do fácil acesso à informação sobre os benefícios da atividade física, a sua efetivação na rotina dos jovens tem sido um desafio. A adolescência é um período marcado por intensas transformações físicas, emocionais e sociais, tornando crucial o estímulo à prática de exercícios físicos. No entanto, a falta de compreensão das variáveis que influenciam o engajamento dos adolescentes em atividades físicas é evidente, destacando a necessidade de estudos abrangentes nesse campo. A definição clara de conceitos, como atividade física e exercício físico, é fundamental para embasar as recomendações de saúde e estabelecer metas realistas para os jovens. Diante do cenário de prevalência decrescente de atividade física entre os adolescentes, é crucial identificar e abordar as barreiras e motivadores específicos desse grupo, contribuindo não apenas para a literatura científica, mas também para a formulação de políticas e práticas eficazes de promoção da atividade física nessa faixa etária tão importante. OBJETIVOS: O presente trabalho teve como objetivo descrever os níveis de atividade física e métodos utilizados para avaliar a atividade física de adolescentes brasileiros. MATERIAIS E MÉTODO: Este estudo foi uma revisão sistemática, buscando na literatura artigos que descrevessem o nível de atividade física de crianças e adolescentes. Para fins de análises, realizou-se uma análise descritiva dos resultados encontrados, e, se quantidade suficiente de estudos com características similares realizou-se meta análise com efeitos aleatórios. RESULTADOS: Foram identificados 117 artigos (16 artigos com crianças e 91 com adolescentes), nos quais foram extraídos 181 desfechos (22 para crianças e 159 para adolescentes). O método mais utilizado para avaliar a atividade física de crianças foi o acelerômetro (14 desfechos), sendo que maior parte não analisou o domínio da atividade física (15 desfechos). Considerando os dados de acelerômetros, a prevalência de atividade física variou de 23,8% a 44,5%. Dados de questionários indicam uma prevalência de 29,2% de prática de alguma atividade física a 63% do cumprimento das recomendações. Entre os estudos com adolescentes, 91,8% dos desfechos foram avaliados com questionários e quase metade (46,2%) não considerou o domínio da atividade física. O ponto de corte mais utilizado para classificação dos níveis de atividade física foi >300 min./sem., utilizado em 32,7% dos desfechos. Considerando este critério, os resultados da metanálise com 38 desfechos indicou uma prevalência de 46% de prática de atividade física. A prática de atividade física em ao menos um dia na semana foi de 57%, baseado em 24 desfechos analisados. Por fim, com base em 11 desfechos, uma prevalência de 44% de adolescentes cumpre o critério de atividade física em 420 minutos semanais. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os resultados foram de encontro com o que há publicado na literatura. Os níveis de atividade física não são suficientes no grupo etário estudado. Abaixo do que instituições de saúde recomendam e almejam. Além disso, a falta de padronização na metodologia dos artigos da área dificulta a produção de projetos de cunho revisional e meta análises.

PALAVRAS-CHAVE: Atividade Física; Criança; Adolescente; Revisão sistemática; Metanálise

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa CNPq no programa PIBIC.