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SENTIMENTOS E EMOÇÕES DE ESTUDANTES NA ENTREVISTA CLÍNICA: UMA PERSPECTIVA DE ESTUDANTES DE MEDICINA NO SEGUNDO ANO DO CURSO

BRANCO, Beatriz Maria Schroeder ¹; FRANCO, Renato Soleiman ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: As emoções exercem uma influência crucial nas nossas relações, moldando percepção, atenção, memória, processos decisórios e julgamento moral. No entanto, durante muitos anos, seu impacto nesses processos foi subestimado, com a discussão dominada por modelos racionalistas. Um grupo especialmente sensível a esse debate são os estudantes dos primeiros anos do curso de medicina, que vivenciam uma vasta gama de emoções enquanto se familiarizam com a complexa dinâmica da comunicação médico-paciente. Este estudo investiga como os alunos percebem suas emoções nas interações com os pacientes, como reagem às mesmas e como elas têm sido consideradas pelos professores. OBJETIVOS: O objetivo deste estudo é examinar como as emoções influenciam as reações dos estudantes, suas análises e conclusões acerca de situações médicas. Além disso, busca-se promover um debate sobre a melhor forma de incluir esses elementos emocionais na formação médica. MATERIAIS E MÉTODO: A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas narrativas online em grupos, utilizando a plataforma Google Meet, com 10 alunos do curso de medicina da PUC-PR. As perguntas foram formuladas para incentivar os participantes a compartilharem suas histórias e permitir a construção conjunta de suas narrativas. RESULTADOS: Os participantes deste estudo relataram mudanças em seus sentimentos durante as entrevistas médicas em comparação com suas primeiras experiências. Foi perceptível a superação de medos, o desenvolvimento de autoconfiança, a sensação de realização e o crescimento pessoal e profissional. No entanto, apesar de relembrarem facilmente de suas emoções durante as primeiras interações, os alunos tiveram mais dificuldade em expressar como conduzem, enfrentam ou observam as emoções no dia a dia. Eles também hesitaram ao discutir variações em seu comportamento durante a entrevista influenciadas por seu estado mental no momento. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Este estudo revelou que, embora os estudantes de medicina experimentem uma evolução emocional significativa ao longo do curso, ainda enfrentam desafios em reconhecer e gerir suas emoções cotidianas nas interações médico-paciente. A inclusão de elementos mais focados na inteligência emocional e em práticas de autoconhecimento no currículo pode ser benéfica para o desenvolvimento de futuros profissionais mais preparados para enfrentar os desafios da prática clínica.

PALAVRAS-CHAVE: 1. Medicina; 2. Estudantes; 3. Entrevista Clínica; 4. Sentimentos; 5. Emoções.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa Fundação Araucária no programa PIBIC.