ANÁLISE DE CUSTOS, PROGNÓSTICO E ASPÉCTOS ÉTICOS DO TRATAMENTO DO PACIENTE SUBMETIDO À CRANIECTOMIA DESCOMPRESSIVA NO AVCI MALIGNO

INTRODUÇÃO: O acidente vascular cerebral isquêmico (AVCi) é uma grande causa de morbimortalidade, quando há o AVCi associado a presença de edema e aumento da pressão intracraniana, temos o AVCi maligno e a principal medida terapêutica no AVCi maligno é a craniectomia descompressiva (CD), porém essa medida apresenta divergência quanto a morbimortalidade na literatura. OBJETIVOS: O objetivo geral do presente estudo é comparar a mortalidade da CD com o tratamento conservador no AVCi maligno. MATERIAIS E MÉTODO: Materiais e Métodos. Foi realizada uma revisão de literatura nos indexadores PubMed, Scielo e Google Scholar para cada um dos objetivos específicos do trabalho, restringindo a busca para trabalhos publicados nos últimos dez anos. RESULTADOS: Foi realizada uma revisão de 79 artigos, dos quais 8 atenderam aos critérios de inclusão, para comparar a morbimortalidade e o tempo médio de internação de pacientes com AVCi maligno submetidos à craniectomia descompressiva (CD) versus tratamento conservador. Os estudos, em sua maioria, apontaram uma menor mortalidade no grupo CD. Quanto a morbidade, os estudos apresentaram uma ampla divergência no quesito, onde mostraram que pacientes submetidos a CD apresentaram uma não inferioridade ou um pior prognóstico comparado ao tratamento conservador, porém pacientes jovens podem apresentar um melhor prognóstico quando submetidos ao tratamento. Os procedimentos neurocirúrgicos oneram tanto o hospital quanto o SUS. Nos aspectos éticos do tratamento, medidas distanásicas são frequentes e podem ocorrer principalmente por uma sobrecarga do médico. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O AVCi maligno é um desafio constante na neurocirurgia e a craniectomia descompressiva, apesar de ser a principal medida terapêutica, apresenta limitações devido à alta morbidade e prognóstico reservado, especialmente em pacientes mais velhos. A decisão terapêutica deve considerar cuidadosamente as variáveis clínicas e os custos envolvidos, desde a internação até a cranioplastia subsequente, para evitar sobrecarregar o sistema de saúde com indicações inadequadas. Além disso, é crucial avaliar a validade da intervenção em termos de qualidade de vida e não apenas prolongamento do sofrimento, envolvendo os familiares na decisão informada sobre o procedimento e o prognóstico do paciente.

PALAVRAS-CHAVE: Decompressive craniectomy; Neurosurgery; schemic Stroke; Bioethics; Prognosis.