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CONTROLE DE CIGARRINHAS DO MILHO NA REGIAO DE TOLEDO, PR

GERALDELI, Isadora Motta ¹; MASCARO, Marcia De Holanda Nozaki ²
Curso do(a) Estudante: Agronomia – Câmpus Toledo – Câmpus Toledo
Curso do(a) Orientador(a): Agronomia – Câmpus Toledo

INTRODUÇÃO: O milho (Zea mays L.) é crucial inicialmente para a subsistência, mas agora fundamental na produção de aves e suínos. A cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) é uma praga significativa e, a combinação dos danos por sua alimentação e, principalmente, pela transmissão de patógenos por esse inseto-vetor, podem resultar em perdas substanciais de rendimento e qualidade dos grãos de milho produzidos. Os diferentes manejos podem influenciar de forma direta e positiva na produtividade de grãos da lavoura, na sanidade da lavoura, pigmentos fotossintetizantes e o rendimento individual das plantas de milho. OBJETIVOS: O presente estudo objetivou avaliar a eficácia de diferentes estratégias de controle da cigarrinha-do-milho na cultura do milho. MATERIAIS E MÉTODO: O experimento foi conduzido na área experimental da PUCPR, Campus Toledo. Para tanto, adotou-se o híbrido de milho B2702. O delineamento adotado foi de blocos casualizados (DBC) com cinco tratamentos para controle da cigarrinha-do-milho, sendo: T1 – Controle; T2 –silicato de potássio na 1ª aplicação + Metomil na 2ª aplicação; T3 – silicato de potássio (1ª aplicação) + Beauveria bassiana BV13 (2ª aplicação); T4- Beauveria bassiana BV13 (1ª aplicação) + Metomil (2ª aplicação) e, T5- Metomil (1ª aplicação) + Beauveria bassiana BV13 (2ª aplicação), com 4 repetições cada. As aplicações dos tratamentos se iniciaram no estádio V4, seguindo as dosagens recomendadas pelo fabricante e repetido 7 dias após a primeira aplicação (DAA). A eficiência de controle da praga foi avaliada através da contagem da população de adultos de D. maidis em armadilhas colantes. Adicionalmente, foi avaliada a incidência de enfezamentos nas plantas aos 100 dias após emergência, com monitoramento dos sintomas foliares típicos e análise da produção e número de espigas por planta ao final do ciclo. Além dos dados experimentais, foram coletadas informações de três produtores da região de Toledo-PR, de modo a complementar a discussão e comparação dos resultados obtidos na pesquisa de campo. RESULTADOS: Não houve diferença estatística significativa entre os tratamentos aos 7 DAA. Entretanto, em períodos subsequentes, foi possível observar diferenças significativas entre os tratamentos, com destaque para o tratamento 5 que demonstrou eficiência de controle variando de 36,08% a 97,5% aos 21 DAA na primeira aplicação, e de 80,69% a 99,43% na segunda aplicação. Foi evidenciado ainda que a porcentagem de plantas com enfezamento foi significativamente menor no tratamento 5 (12,5%). A produtividade das plantas no tratamento 5 também foi a mais alta, atingindo 13.260 kg ha-1, superior aos demais tratamentos. Em comparação aos resultados de produtores locais, observou-se que o produtor que adotou o mesmo manejo do T5 obteve a maior produtividade (15.953,7 kg ha-1), indicando a eficácia deste protocolo na prática agrícola. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O tratamento com mistura binária de inseticida químico associado a inseticida biológico destacou-se como o mais eficaz para diversas variáveis avaliadas no milho híbrido B2702 contra Dalbulus maidis. Embora o manejo inicial tenha mostrado eficácia, o monitoramento é fundamental para avaliar o risco de incidência de enfezamentos ao longo do ciclo da cultura.

PALAVRAS-CHAVE: Dalbulus maidis; inseto-vetor; manejo de inseto praga; Zea mays L.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.