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ANÁLISE SEMIÓTICA DO FILME SILÊNCIO, DE MARTIN SCORSESE

BOCATIOS, Luis Gustavo Schuh ¹; ABECHE, Daniel Pala ²
Curso do(a) Estudante: Jornalismo – Escola Belas Artes – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Publicidade E Propaganda – Escola Belas Artes – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: Silêncio é um filme de 2016 dirigido pelo cineasta norte-americano Martin Scorsese. Ao longo de sua carreira, o diretor ficou conhecido por trabalhos que retratam pessoas marginais à sociedade, sejam eles mafiosos, membros de gangues ou simplesmente sujeitos que não se encaixam no que é considerado comum. OBJETIVOS: Esta pesquisa tem como objetivo compreender como a linguagem visual no filme Silêncio, de Martin Scorsese, contribui para que o público entenda o sofrimento dos personagens, explorando os signos, símbolos e códigos utilizados para representar o silêncio divino e o silenciamento religioso. MATERIAIS E MÉTODO: A metodologia combinou estudo de caso, revisão bibliográfica e análise semiótica. A revisão bibliográfica forneceu a base teórica necessária, abarcando conceitos de semiótica, da filosofia da linguagem e da linguagem cinematográfica, enquanto o estudo de caso permitiu uma análise detalhada do filme, focando em quatro cenas específicas que exemplificam o uso de elementos visuais e narrativos para transmitir significados profundos. RESULTADOS: A análise semiótica, centrada nos conceitos de primeiridade, secundidade e terceiridade de Charles Sanders Peirce, mostrou com a mise-en-scène, a iluminação e a performance dos atores contribuem para a construção de significados. Na cena inicial com Kichijiro, a escolha de filmá-lo sempre nas sombras e em posições subalternas sublinha sua vulnerabilidade e o trauma da perseguição religiosa. O rosto de Jesus, que aparece em momentos-chave do filme, funciona como um código cinematográfico, conforme delineado por Christian Metz, que ilustra a jornada espiritual do protagonista Rodrigues, desde a idolatria inicial até a crise de fé e eventual apostasia. A pesquisa identificou que esses códigos visuais são fundamentais para comunicar as mensagens do filme de maneira eficaz, alinhando-se às teorias de que o cinema opera como uma linguagem com suas próprias regras. A análise também destacou a inefabilidade de certos sentimentos e experiências, que são expressos através da linguagem visual e auditiva, transcendendo a verbalização. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Apesar das limitações, como a subjetividade inerente à interpretação semiótica e a seleção de cenas específicas, os resultados corroboram a eficácia da abordagem semiótica na análise do cinema, confirmando que a linguagem visual utilizada por Scorsese em Silêncio capta e comunica a profundidade do sofrimento e das crises espirituais dos personagens.

PALAVRAS-CHAVE: Semiótica; linguagem; cinema; silêncio; inefabilidade.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.