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DIFERENCIAÇÃO DAS SUBPOPULAÇÕES DE CÉLULAS-TRONCO MESENQUIMAIS DERIVADAS DE POLPA DE DENTE PERMANENTE

SCHLICKMANN, Anna Beatriz Seara ¹; SELENKO, Ana Helena ³; SILVA, Tatiane Mie Arakaki Moraes Da ³; BROFMAN, Paulo Roberto Slud ³; FRACARO, Leticia ²
Curso do(a) Estudante: Biotecnologia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: As células-tronco mesenquimais (CTM) podem ser obtidas de diversas fontes, incluindo os tecidos dentários. As células-tronco da polpa dentária (DPSC) despertam grande interesse em pesquisas básicas e clínicas devido à facilidade de obtenção, ao potencial de proliferação e à sua ampla capacidade de diferenciação celular. Estudos anteriores identificaram variações morfológicas nas DPSC cultivadas in vitro, sugerindo a existência de uma ou mais subpopulações de CTM. Aprofundar o conhecimento sobre essas subpopulações é crucial para entender o potencial terapêutico dessas células e como elas podem ser aplicadas na medicina regenerativa. OBJETIVOS: Avaliar o potencial de diferenciação das células-tronco mesenquimais derivadas de polpa de dente permanente em duas linhagens. MATERIAIS E MÉTODO: O estudo recebeu aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da PUCPR (parecer 5.409.680). Foram coletados terceiros molares de doadores com idades entre 18 e 25 anos. A polpa de cada dente foi seccionada de forma a isolar as células da população total e subpopulações da raiz e coroa. Essas células foram cultivadas e submetidas a diferenciação adipogênica e osteogênica utilizando meios específico para essas linhagens. Após 21 dias de diferenciação, para avaliar a diferenciação adipogênica, as células foram fixadas e coradas com Oil Red O. Para avaliar a diferenciação osteogênica, as células foram fixadas e coradas com Alizarina Red S. A diferenciação adipogênica foi quantificada por contagem de células com vacúolos lipídicos e espectrofotometria. Enquanto, a diferenciação osteogênica foi avaliada apenas por espectrofotometria. RESULTADOS: Ambas as amostras e subpopulações apresentaram morfologia fibroblastóide e aderência ao plástico, características de CTM. Após os 21 dias da indução a diferenciação adipogênica, foi possível observar a presença de poucos vacúolos lipídicos, e na diferenciação osteogênica foi verificado a formação de cristais de cálcio. Em relação a quantificação adipogênica, quando observada a contagem de células com vacúolos, houve diferença significativa entre a população total e a subpopulação da coroa (p=0,0053). Já na espectrofotometria não foi possível observar diferença estatística significativa entre o controle e a diferenciação (p=0,6396). Para a diferenciação osteogênica, foi possível observar diferença estatística significativa (p<0,0001), demonstrando que houve diferenciação para esta linhagem. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os resultados demonstram o potencial de diferenciação tanto da população total quanto das subpopulações de DPSC. Em relação à diferenciação adipogênica, observou-se que o potencial das DPSC é limitado para a formação de vacúolos lipídicos, tornando a espectrofotometria inadequada para quantificação dessa diferenciação. No que diz respeito à diferenciação osteogênica, as DPSC mostraram um bom potencial para se diferenciar nessa linhagem. Considerando esses resultados, é essencial avaliar as características específicas das DPSC e seu potencial de diferenciação ao utilizá-las na medicina regenerativa, seja em pesquisas básicas, pré-clínicas ou clínicas.

PALAVRAS-CHAVE: Adipogênica; Osteogênica; Quantificação; Heterogeneidade

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.