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PRODUÇÃO DE MUDAS DE ARAUCARIA ANGUSTIFOLIA (BERTOL.) KUNTZE POR MICRO E MINIENXERTIA

CONSTANTINOV, Ana Julia De Marchi ¹; CABEL, Sandra Regina ²
Curso do(a) Estudante: Agronomia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Agronomia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: A Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze, conhecida popularmente como pinheiro-do-paraná, é uma árvore emblemática dos estados do Sul do Brasil. No entanto, a exploração excessiva dessa espécie ao longo dos anos resultou em seu declínio gradual, levando à sua classificação como espécie vulnerável na lista vermelha de espécies ameaçadas de extinção da IUCN. A Embrapa Florestas, ciente da importância dessa espécie, tem conduzido um projeto abrangente de melhoramento genético da araucária. Esse projeto inclui estudos detalhados de seleção e variabilidade genética, além de investigações sobre métodos eficazes de propagação vegetativa. OBJETIVOS: O objetivo geral deste estudo foi avaliar diferentes técnicas de enxertia, especificamente microenxertia e minienxertia, para a produção de mudas de Araucaria angustifolia. MATERIAIS E MÉTODO: Foram utilizados três métodos de enxertia: borbulhia de placa, garfagem de fenda lateral e garfagem de fenda cheia, além de microenxertia sob condições controladas. Os materiais vegetativos para os enxertos foram coletados de plantas com 10 meses e 5 anos de idade, localizadas na Fazenda Experimental Gralha Azul, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). As plantas selecionadas para coleta dos enxertos foram escolhidas com base em suas características genéticas superiores e potencial de crescimento. Três métodos de enxertia foram selecionados para o estudo: Enxertia por borbulhia de placa: Aplicada a enxertos de 10 meses e 5 anos; Enxertia por garfagem de fenda cheia. Enxertia por garfagem de fenda lateral.Para garantir a fixação e estabilidade dos enxertos nos porta-enxertos, foram utilizados fitilhos de plástico. RESULTADOS: A borbulhia de placa apresentou o melhor desempenho, com uma taxa de sobrevivência de 92% para porta-enxertos de 10 meses e 72% para porta-enxertos de 5 anos, demonstrando alta eficácia em diferentes idades dos porta- enxertos. Em contraste, a garfagem de fenda lateral não obteve sucesso devido à dificuldade na coincidência das camadas entre enxerto e porta-enxerto, resultando em falhas na restituição dos vasos condutores. A garfagem de fenda cheia também mostrou resultados positivos, com uma taxa de sobrevivência de 86% e uma taxa de pegamento parcial de 29%, apesar das condições desfavoráveis de frio. No entanto, o experimento de microenxertia foi comprometido por uma significativa contaminação das sementes, que reduziu a taxa de sobrevivência a apenas 4%. Esta contaminação destacou a importância de condições rigorosas de esterilidade e controle ambiental para o sucesso da micropropagação. A análise dos dados revelou que, embora as técnicas de enxertia tradicionais sejam promissoras, a microenxertia requer melhorias na gestão do ambiente de cultivo. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Como conclusão, o estudo proporcionou uma visão valiosa sobre a eficácia dos métodos de enxertia para a Araucaria angustifolia, destacando a borbulhia de placa e a garfagem de fenda cheia como técnicas eficazes. A necessidade de medidas rigorosas para evitar a contaminação em microenxertia e a continuidade da pesquisa são fundamentais para o aprimoramento dessas técnicas e para a conservação da espécie.

PALAVRAS-CHAVE: 1. Minienxertia; 2. Microenxertia; 3. Araucaria angustifolia; 4. Garfagem de fenda cheia; 5 Borbulhia.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.