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UTOPIA OU DISTOPIA? O FUTURO DA HUMANIDADE SEGUNDO HANS JONAS

NOGUEIRA, Maisa Silva ¹; MENDES, Geovani Viola Moretto ²
Curso do(a) Estudante: Bacharelado Em Filosofia – Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Filosofia – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: Este estudo examina a evolução da ética diante dos desafios contemporâneos, com ênfase na teoria de Hans Jonas. A pesquisa parte da premissa de que as perspectivas éticas atuais precisam transcender as limitações das abordagens éticas tradicionais, que frequentemente falham em considerar as consequências a longo prazo das ações humanas. A ética tradicional, com seu foco no imediatismo e no antropocentrismo, mostra-se inadequada para lidar com as complexidades das interações entre seres viventes. OBJETIVOS: A proposta ética de Hans Jonas, centrada no Princípio da Responsabilidade, oferece uma nova abordagem ao integrar a consideração das consequências futuras das ações e a interconexão entre a vida humana e o equilíbrio ecológico. O estudo também investiga a crítica de Jonas ao dualismo e ao antropocentrismo, destacando a necessidade de uma ética que não coloque o ser humano como o centro absoluto. A metodologia inclui uma análise aprofundada das obras de Jonas e uma revisão das críticas contemporâneas à ética tradicional. MATERIAIS E MÉTODO: A presente pesquisa é de cunho bibliográfico, partindo de uma pesquisa em fontes bibliográficas relevantes, incluindo livros, artigos científicos, teses, dissertações e outras publicações relacionadas ao tema da ética, responsabilidade humana e preservação da vida. Foi realizado num primeiro momento uma leitura dos materiais selecionados e elaboração de fichamentos visando o registro e organização das informações relevantes encontradas na literatura. Após a fase de pesquisa foi realizada a etapa de escrita do relatório parcial, que incluirá a elaboração do texto com base nas informações coletadas. RESULTADOS: Os resultados sugerem que a ética contemporânea deve adotar uma visão mais atualizada, que leve em conta a preservação da vida em sua totalidade. Jonas aborda a emergência da questão metafísica diante do potencial apocalíptico da técnica. Ele alerta para um risco sem precedentes, associado a uma dimensão utópica baseada na ideia de progresso. Esse fenômeno evidencia uma obrigação moral de nossa geração não apenas questionar a tecnocracia, mas também refletir profundamente sobre os perigos que inevitavelmente a acompanham. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A pesquisa conclui que a abordagem de Jonas é essencial para a construção de uma ética que respeite tanto a continuidade da vida quanto o equilíbrio ecológico, integrando uma responsabilidade que vá além do imediatismo e do antropocentrismo, promovendo um futuro mais sustentável e eticamente consciente. A integração do “ser” e do “dever ser” proposta por Jonas representa um avanço significativo na ética contemporânea. Ao unir a compreensão da existência com a obrigação moral de garantir a continuidade da vida, Jonas oferece uma perspectiva crítica e construtiva. Essa integração amplia nossa visão sobre a responsabilidade ética e enfatiza a necessidade de uma abordagem mais profunda e abrangente, que vá além das preocupações imediatas e considere as implicações de longo prazo das nossas ações. A abordagem de Jonas fornece um caminho para alcançar esse objetivo, promovendo uma ética que é tanto responsável quanto inclusiva.

PALAVRAS-CHAVE: Ética Contemporânea; Hans Jonas; Antropocentrismo; Técnica; Ontologia do Ser

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa Fundação Araucária no programa PIBIC.