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DISCRIMINAÇÃO OPERANTE VERBAL: A CONSTRUÇÃO DE DIFERENTES RELAÇÕES COM A AUDIÊNICIA

MOREIRA, Beatriz Del Grossi ¹; NETO, Celso Apparecido Athayde ²
Curso do(a) Estudante: Psicologia – Câmpus Londrina – Câmpus Londrina
Curso do(a) Orientador(a): Psicologia – Câmpus Londrina

INTRODUÇÃO: O comportamento humano se diferencia em função da exposição à diferentes contextos. Estudos identificam que a história de reforço em diferentes situações pode gerar comportamentos operantes discriminados. Com o comportamento verbal parece não ser diferente, pois comumente se observa variação do comportamento verbal em diferentes audiências e assim, diferentes contextos. Apesar disso, poucos estudos se dedicaram a avaliar procedimentos que produzem operantes verbais discriminados. OBJETIVOS: O objetivo geral desta pesquisa foi avaliar os efeitos da manipulação de diferentes audiências no controle do comportamento verbal em crianças. Em específico buscou-se analisar a literatura sobre o tema, avaliar a influência de histórias distintas apresentadas por diferentes audiências na emissão de tatos puros e tatos distorcidos e manipular experimentalmente variáveis históricas e atuais conforme o delineamento proposto. MATERIAIS E MÉTODO: Participaram dessa pesquisa 2 crianças com idades entre 08 e 11 anos, matriculadas na rede de ensino e com o conhecimento de leitura e escrita. A coleta de dados foi realizada por dois pesquisadores que reforçaram dois tipos de tatos: tato puro (correspondência entre fazer e dizer) e tato distorcido (não correspondência entre fazer e dizer). Foi utilizado um tablet com jogos selecionados pelos participantes. O procedimento incluiu duas etapas: Escolha de aplicativos e Treino Discriminativo. Na escolha de aplicativos, os participantes escolhiam utilizar até três de seis aplicativos de jogos disponíveis no tablet. No treino discriminativo o participante era convidado a dizer quais aplicativos utilizou, sendo que as respostas verbais do tipo tato puro eram reprovadas e respostas do tipo tato distorcido eram reforçadas para um experimentador e vice-versa para outro experimentador. RESULTADOS: Os resultados mostraram que inicialmente os participantes tenderam a emitir tatos puros, possivelmente devido a uma história de reforçamento em “falar a verdade”. Contudo, com o progresso do treino discriminativo, observou-se um aumento na emissão de tato distorcido dos participantes exclusivamente na presença do pesquisador que reforçou tal operante verbal, evidenciando que as consequências especificas aplicadas durante a pesquisa influenciaram na mudança do comportamento verbal. A análise de dados revelou que a ordem das sessões e seu tipo de reforço a depender do tato afetaram a frequência de emissão de dos tatos, com variações entre os participantes. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O estudo conclui que a manipulação de diferentes audiências e a aplicação de consequências especificas são eficazes para produzir discriminação de operantes verbais em crianças. As audiências distintas assumiram controle discriminativo sobre o comportamento verbal, demonstrando a influência significativa do ambiente do ambiente e das consequências programadas na emissão de tatos puros e distorcidos. Essas evidencias produzidas reforçam a importância de considerar as variáveis contextuais no estudo do comportamento verbal e suas aplicações em contextos educacionais e terapêuticos.

PALAVRAS-CHAVE: Comportamento Verbal; Tato puros; Tato Distorcidos; Discriminação Operante; Psicologia Experimental.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.