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AVALIAÇÃO DO IMPACTO DA COVID-19 NA INCIDÊNCIA DE DEPRESSÃO PÓS-PARTO DE MÃES QUE FORAM INFECTADAS PELO SARS-COV2 DURANTE A GRAVIDEZ: APLICAÇÃO DA ESCALA DE DEPRESSÃO PÓS-PARTO DE EDIMBURGO (EPDS)

CARVALHO, Laís Valéria Cardoso Sarmanho De ¹; JULIANI, Joao ²
Curso do(a) Estudante: Psicologia – Câmpus Londrina – Câmpus Londrina
Curso do(a) Orientador(a): Psicologia – Câmpus Londrina

INTRODUÇÃO: A pandemia mundial causada pelo vírus respiratório SARS-CoV-2 levou muitos pesquisadores a buscarem compreender as consequências do vírus na população. A Pontifícia Universidade Católica do Paraná, em parceria com a Monash University (Melbourne, Austrália) desenvolveu um projeto de pesquisa longitudinal, um estudo de coorte prospectiva. Um dos grupos vulneráveis ao vírus são as mulheres grávidas e seus bebês; contudo os riscos e efeitos deletérios derivados da infecção são pouco conhecidos. OBJETIVOS: O objetivo geral do presente estudo é comparar a incidência de depressão pós-parto em mães que contraíram o vírus da COVID-19 durante a gravidez com a ocorrência desse transtorno em mães que não foram contaminadas na gestação. São objetivos específicos: levantar o perfil sociodemográfico e histórico gestacional das mães participantes da pesquisa; analisar e comparar o histórico clínico de problemas psiquiátricos dos parentes de primeiro grau do grupo que contraiu o vírus e do grupo controle; e analisar a prevalência de depressão pós-parto em mulheres com e sem o diagnóstico de infecção pelo SARS-CoV-2 na gestação. MATERIAIS E MÉTODO: Este é um estudo descritivo e observacional de mães que foram e não foram infectadas pelo vírus da COVID-19. As pacientes foram recrutadas no ambulatório acadêmico de especialidades médicas da PUCPR desde 2022 até o momento atual. Para este estudo, foi utilizada uma amostra de conveniência de 70 puérperas, sendo 31 infectadas pelo vírus no período gestacional e 39 não infectadas. As 70 pacientes participaram da entrevista com três meses de puerpério. Nos questionários que faziam parte desta entrevista constavam dados sociodemográficos, histórico da mãe, como transtorno psiquiátrico, gestações e possíveis complicações. Para a identificação de depressão pós-parto, foi aplicada a Escala de Depressão Pós-parto de Edimburgo. Foi considerado 12 como ponto de corte mínimo para que se detectassem sintomas indicativos de depressão pós-parto. Na análise estatística, foi estabelecido um intervalo de confiança de 95% e nível de significância de 5% para todos os testes. RESULTADOS: Verificou-se que oito mães do Grupo Controle (20,50%) e 9 mães do Grupo COVID (29,03%) apresentaram escores acima de 12 na EPDS, mostrando maior incidência de indicadores de depressão pós-parto no Grupo COVID, porém, o Teste do Qui-Quadrado indicou que esta diferença não é estatisticamente relevante. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Embora a literatura relate um aumento na incidência de DPP relacionado a infecções, no presente estudo não houve diferença estatística significativa entre os grupos, considerando as limitações da nossa pesquisa recomenda-se comparar os dados aqui coletados com dados de estudos similares, tanto em estrutura quanto a nível social.

PALAVRAS-CHAVE: 1. Depressão pós-parto; 2. COVID-19; 3. Escala de Depressão Pós-parto de Edimburgo; 4. EPDS; 5. DPP.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.