AVALIAÇÃO DA LINHA DE CIMENTAÇÃO EM OVELAYS DE RESINA COMPOSTA CIMENTADAS PELA TÉCNICA RTM – ESTUDO IN VITRO

INTRODUÇÃO: Com as atualizações da roupagem na odontologia, principalmente na questão estética, observa-se um alto grau de exigência por parte dos pacientes. Como Cirurgiões-Dentistas, leva-se em conta a excelência do processo como um todo, buscando-se não apenas materiais de qualidade, como execuções pautadas em bases científicas consolidadas e resultados que restaurem função, estética e forneçam durabilidade. Dentre os processos para uma reabilitação, a cimentação consiste em um dos passos fundamentais para o sucesso do tratamento. Desde os anos 50 o cimento de eleição são os cimentos resinosos. Esses materiais apresentam bons resultados no que diz respeito a resistência e compatibilidade com materiais adesivos (MARCHIOLI, 2022; MORAES, 2014). Contudo, podem sofrer algumas reações ao longo do tempo, gerando, por exemplo, alterações de cor devido a presença de amina terciária. Além, disso, apesar de proporcionarem ativação física e química, a depender da espessura da linha de cimentação e fatores relacionados a fotoativação, como a intensidade da unidade fotopolimerizadora, apenas a ativação por fotopolimerização não irá conferir uma cimentação adequada. Buscando avançar no processo adesivo e nos materiais de cimentação, a técnica com Resinas Termo Modificadas (RTM) vem destacando-se no meio científico e no dia a dia clínico. Uma das principais vantagens da técnica de pré-aquecimento de resinas, seria a capacidade de conversão de monômeros antes da fotopolimerização, através do aquecimento do material, proporcionando melhora nas propriedades mecânicas e maior resistência ao desgaste. Somado a isso, as resinas termicamente modificadas (RTM) apresentam desempenho satisfatório ao que refere-se a viscosidade, escoamento, fluidez, entre outros pontos. Entretanto, esta técnica exige muita destreza do profissional, condicionando-o a uma conduta metódica na sua execução, além de equipamentos apropriados. Ao avaliar estudos recentes, encontra-se uma divergência na metodologia abordada. Sendo apresentado em parte significativa das pesquisas protocolos em ambientes isotérmicos, sem variações de temperatura. Salientando-se a importância da reprodução dos testes em ambiente similar ao clínico, ou seja, com variações na temperatura ambiente. Após o aquecimento do compósito e remoção do equipamento de aquecimento, ocorre uma redução da sua temperatura em até 50% em 2 minutos. Essa ruptura drástica na temperatura vai ocasionar uma diminuição constante da viscosidade, e por consequência um reflexo na fluidez do material. Ficando claro, o quanto o desempenho profissional ditará a excelência do procedimento de cimentação por meio desta técnica. OBJETIVOS: Avaliar a variação da espessura da linha de cimentação em restaurações indiretas (overlay) de molares permanentes artificiais, com cimento resinoso dual e resina composta termo modificada (RTM). MATERIAIS E MÉTODO: 20 espécimes foram subdivididos em dois grupos (n=10) e cimentados, sendo o grupo 1 cimenta com cimento resinoso dual e grupo 2 cimentado resina termicamente modificada. RESULTADOS: foi possível concluir, através de análise ANOVA unidirecional, que as médias dos diâmetros das linhas de cimentação, entre os grupos, apresentaram diferença estatística significativa (p˂0,05), com os dentes cimentados com cimento convencional com média 66,5% menor. CONSIDERAÇÕES FINAIS: este estudo demonstrou que dentes cimentados com cimentos resinosos duais, pela técnica convencional com seringa Centix, apresentaram linha de cimentação mais tênues e uniformes, contribuindo para uma melhor cimentação.

PALAVRAS-CHAVE: 1. Resina termomodificadas; 2. Cimentação; 3. Cimento Resinoso