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INFLUÊNCIA DO CLIMA NO COMPORTAMENTO MATERNAL E RECONHECIMENTO INDIVIDUAL DO CORDEIRO

SCHORR, Bethânia Loise Roecker ¹; WILMSEN, Mauricio Orlando ²
Curso do(a) Estudante: Medicina Veterinária – Câmpus Toledo – Câmpus Toledo
Curso do(a) Orientador(a): Medicina Veterinária – Câmpus Toledo

INTRODUÇÃO: O reflexo da temperatura acende uma preocupação em relação a maioria dos animais de fazenda, que permanecem expostos em áreas de pastagem por longos períodos. O estresse térmico é considerado um fator de extrema importância para rompimento do bem-estar animal na espécie ovina, sobretudo, para fêmeas em gestação. O parto é o momento mais delicado para sobrevivência do cordeiro e bem-estar da matriz, que podem sofrer influência do clima durante esse processo. Tanto a mensuração de sinais vitais como a aplicação do etograma são considerados pontos chave para verificação de falhas no estabelecimento do vínculo materno- filial dessa espécie. OBJETIVOS: Identificar os principais comportamentos entre as fêmeas e seus filhotes após o nascimento, avaliando o reconhecimento materno-filial e a influência da temperatura nesse comportamento. MATERIAIS E MÉTODO: O trabalho deveria ter sido desenvolvido em duas etapas (verão e inverno), entretanto, a avaliação durante o inverno não foi realizada em função de um acidente com o único reprodutor implicando em esterilização. Todo trabalho foi desenvolvido na Clínica Veterinária Universitária da PUCPR, campus Toledo. Foram avaliadas 10 fêmeas ovinas, pluríparas, SRD e 12 cordeiros. A mensuração de parâmetros vitais foram frequência cardíaca (FC), respiratória (FR) e temperatura retal (TR), avaliados em: M1 terço final da gestação, M2 pós-parto e M3 cordeiros após nascimento. Foi aplicado um etograma a fim de verificar postura e atividade nos grupos M2 e M3. As avaliações climáticas foram realizadas durante todo experimento avaliando temperatura do ar (Ta), umidade relativa (Ur), velocidade do vento (Vv) e índice de conforto térmico (ICT). RESULTADOS: As médias e desvio padrão dos parâmetros vitais em M1 e M2, apresentaram-se acima dos intervalos de referência (M1: FC 135,1bpm±4,06, FR 148mpm±5,33 e TR 41,5°C±1,12; M2: FC 141,1bpm±4,12, FR 156,6mpm±6,38 e TR 41,6°C±1,05), enquanto no grupo M3, verificaram-se alterações em FC e FR (FC 207,61bpm±4,46, FR 84,38mpm±6,83), enquanto, a TR se manteve dentro dos valores de referência (38,9°C±1,08). Nos três momentos avaliados, a média da temperatura foi de 31,3 ºC, Ur 66,16% e Vv de 2,06 m.s-1. O ICT calculado para M1 e M2 foi de 45ºC, enquanto, M3 33ºC. Os resultados de M1 e M2, indicaram ausência de conforto térmico nas fêmeas, enquanto, em M3, não foi observada essa relação em função da temperatura ambiental (31,3 ºC). Os dados da literatura, indicam que o ICT durante o verão é favorável pela dificuldade de termorregulação nos primeiros dias de vida. O etograma avaliou postura (sem alterações) e atividade aparente (comportamento agressivo e vocalização, compatíveis com estresse de separação). Após a reintrodução dos cordeiros à baia, imediatamente se direcionaram ao úbere da fêmea para mamar. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A partir dos resultados obtidos pela avaliação de parâmetros fisiológicos, foi possível concluir que durante o verão tanto M1 como M2, apresentaram desconforto térmico quando comparado aos cordeiros. Os dados do etograma indicaram que tanto o comportamento da fêmea como o neonato não sofreram influência do clima no estabelecimento do vínculo materno-filial.

PALAVRAS-CHAVE: 1. Etologia; 2. Bem-estar animal; 3. Ovinos; 4. Temperatura; 5. Vínculo maternal.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.