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IMPACTO DA VARIANTE RS3754701 DO GENE RAMP1 NA SUSCEPTIBILIDADE E APRESENTAÇÃO CLÍNICA DE PACIENTES COM MIGRÂNEA

KAYANO, Lucas Yuji De Azevedo ¹; POLI-FREDERICO, Regina Celia ³; BELLO, Valeria Aparecida ³; REICHE, Edna Maria Vissoci ³; SILVA, Aline Vitali Da ³; OLIVEIRA, Carlos Eduardo Coral De ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Câmpus Londrina – Câmpus Londrina
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Câmpus Londrina

INTRODUÇÃO: A migrânea, doença neurológica crônica, geralmente, caracterizada por episódios recorrentes de cefaleia é uma condição muito prevalente na atualidade, podendo ser mais observada no sexo feminino. O peptídeo relacionado ao gene da calcitonina CGRP exerce papel importante na fisiopatologia da migrânea. Seus efeitos são modulados pelo receptor cognato, do qual a proteína RAMP1 é parte fundamental para a expressão e ativação. OBJETIVOS: Visto isso, foi investigada a influência da variante genética do RAMP1 rs3754701 em pacientes com migrânea e controles, bem como seu impacto em parâmetros clínicos e sintomas associados. MATERIAIS E MÉTODO: Foi realizado um estudo retrospectivo com 177 pacientes com migrânea e 177 controles saudáveis, genotipados por PCR para discriminação alélica com Taqman®. Os sintomas associados foram avaliados pelos escores STAI-Y1, STAI-Y2 e GAD-7 para ansiedade, BECK para depressão, MIDAS para debilitação por migrânea, ASC-12 para alopecia e HQ para hiperacusia. Análises de associação por regressão logística binária e testes de correlação foram empregados nas comparações entre os sintomas e os dados genéticos. RESULTADOS: Não foi encontrada evidência de associação de risco entre a variante RAMP1 e a suscetibilidade à doença, nem apresentação clínica, exceto pela presença de aura sensível em portadores do alelo T (odds ratio [OR] 5,75; intervalo de confiança de 95% [CI] 1,62 – 18,7; p= 0,008). Além disso, os portadores do alelo T tinham maior probabilidade de usar topiramato (OR 4,6; 95%CI 1,24 – 17,3; p= 0,02). Portadores do alelo T com migrânea crônica também eram mais propensos a usar medicamentos profiláticos (OR 3,55; 95%CI 1,28 – 10,3; p= 0,01) e topiramato (OR 21,3; 95%CI 1,80 – 27,1; p= 0,005). Vale ressaltar que portadores do genótipo AA do RAMP1 rs3754701 apresentaram maior risco de uso excessivo de analgésicos (em comparação com portadores do alelo T, OR 3,77; 95%CI 1,06 – 13,1; p= 0,04). Por fim, pacientes com o genótipo AA apresentaram escores mais altos no GAD-7; o RAMP1 rs3754701 foi fortemente associado à ansiedade geral (rho= -0,853; p=0,031). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Esses resultados sugerem que a variante genética RAMP1 rs3754701 pode influenciar a resposta ao tratamento farmacológico e a ansiedade em pacientes com migrânea.

PALAVRAS-CHAVE: Migrânea; polimorfismo genético; cefaleia; susceptibilidade

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.