FATORES DE RISCO PARA O CÂNCER DE COLO DE ÚTERO EM USUÁRIAS DAS UNIDADES BÁSICAS DE ATENÇÃO À SAÚDE EM LONDRINA-PR NO ANO DE 2023

INTRODUÇÃO: O câncer de colo de útero é o segundo tipo de câncer ginecológico mais frequente no mundo, sendo predominantemente causado por uma infecção contínua pelo HPV de alto risco. Pesquisas indicam que essa infecção é um fator chave no surgimento e na evolução das lesões cervicais. Fatores externos, como o tabagismo e o início precoce da atividade sexual, entre outros, também desempenham um papel na progressão dessas lesões. Identificar a prevalência desses fatores de risco é essencial para implementar políticas de conscientização e promover o diagnóstico precoce da doença. OBJETIVOS: Avaliar a prevalência dos fatores genéticos, ambientais, sociais e culturais relacionados com maior risco de desenvolvimento da neoplasia intraepitelial cervical III e carcinoma invasivo, bem como dos fatores reconhecidos como protetores em mulheres diagnosticadas com câncer de colo de útero no período de 01 de janeiro de 2023 até 31 de dezembro de 2023, na cidade de Londrina PR. MATERIAIS E MÉTODO: Através do Sistema de Informações do Câncer (SISCAN), foram selecionadas mulheres diagnosticadas nas Unidades de Básicas de Saúde (UBS) em Londrina -PR, com lesão de CCU do tipo NIC III e Carcinoma invasivo, no ano de 2023. As descrições das variáveis feitas através das entrevistas com pacientes diagnosticadas foram tabuladas e correlacionadas de forma qualitativa visando a associação direta e indireta dos fatores de risco RESULTADOS: Observou-se semelhanças entre os fatores de riscos das mulheres diagnosticadas com lesão de colo de útero. Diante disso, os dados predominantes na maioria das mulheres entrevistadas foram: a. apresentaram lesão de colo de útero na faixa etária de 28-40 anos (48,8%); b. são pardas (53,5%); c. ensino médio completo (34,8%) e renda per capta até 480 reais (73,1%); d. conhecimento superficial sobre o HPV e a vacinação, sendo que nunca participaram de palestras sobre prevenção da doença; e. não realizaram preventivo durante a pandemia do COVID-19 (65,7%); f. menarca em torno dos 13 anos (58,1%); g. tiveram em média 2 gestações (53.4%); h. não fez ou faz uso de contraceptivos orais (66,6%); i. iniciou atividade sexual entre 15-17 anos (77,2%); j. cerca de 4 parceiros sexuais (50%), mas possui parceiro fixo atualmente (70,5%); k. são sedentárias (70,5%); l. não tabagistas (74,4%) e não etilistas (72,09%); m. tem histórico familiar de câncer (59,1%). CONSIDERAÇÕES FINAIS: A análise dos dados sobre os fatores de risco do câncer de colo do útero, bem como os protetores, é crucial para direcionar as campanhas de prevenção da doença. Diante dos resultados é importante destacar a importância e necessidade de incentivar as mulheres a realizarem os exames preventivos no período pós pandêmico, bem como as campanhas de vacinação contra o HPV.

PALAVRAS-CHAVE: 1. Papilomaviridae; 2. Lesões Intraepiteliais Escamosas Cervicais; 3. Fatores de risco; 4. Neoplasia do colo do útero; 5. Vacina contra Papilomavirus.