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APLICAÇÃO DE QUESTIONÁRIOS VALIDADOS E ORIENTAÇÕES DE INGESTA DE ÁGUA EM ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO COMPARANDO-SE INDIVÍDUOS DO GRUPO CONTROLE E GRUPO COM INCENTIVO A INGESTA DE ÁGUA

CAMPOS, Gabriela Rosa ¹; SILVA, Aline Vitali Da ³; REICHE, Edna Maria Vissoci ³; OLIVEIRA, Carlos Eduardo Coral De ³; FREDERICO, Regina Célia Poli ³; SILVA, Rafael Guilherme Vrech Da ³; BELLO, Valeria Aparecida ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Câmpus Londrina – Câmpus Londrina
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Câmpus Londrina

INTRODUÇÃO: A migrânea é uma condição neurológica debilitante que afeta e incapacita milhões de pessoas em todo o mundo. Os sintomas típicos incluem dor unilateral e pulsátil, náusea, sensibilidade à luz e ao som. Estudos sobre o papel da hidratação na redução da dor de cabeça têm demonstrado que a ingestão adequada de água pode reduzir a frequência e a intensidade das crises, no entanto, ainda são necessárias mais pesquisas para estabelecer recomendações precisas. OBJETIVOS: Este estudo visa avaliar o efeito das orientações individualizadas sobre a ingestão de água na incapacidade e no impacto da migrânea. Serão utilizados os questionários validados sobre incapacidade da migrânea (MIDAS), impacto da migrânea (HIT-6), alodínia (ASC-12), ansiedade (GAD-7), depressão (IDB), insônia (IGI) e sonolência (ESE). MATERIAIS E MÉTODO: Os participantes foram recrutados no Ambulatório de Cefaleia PUCPR, entre agosto de 2023 e julho de 2024. Todos foram avaliados por um neurologista e diagnosticados com migrânea conforme a Classificação Internacional de Cefaleia – 3ª Edição beta. Os critérios de inclusão contemplaram pacientes entre 18 e 59 anos com diagnóstico de migrânea com ou sem aura, enquanto os critérios de exclusão incluíram doenças sistêmicas e/ou psiquiátricas graves. Os participantes responderam questionários validados, além de fornecerem informações sobre a frequência da dor e uso de medicações preventivas e analgésicas. Eles foram divididos aleatoriamente em dois grupos: controle e água. O grupo água recebeu instruções para consumir um mínimo de 2L de água por dia e um diário de cefaleia. Após 12 semanas, os questionários foram reaplicados. Para análise dos resultados foi utilizado programa estatístico SPSS 25.0, para dados contínuos utilizou-se teste T Student ou teste T pareado, conforme apropriado. Dados categóricos foram avaliados pelo teste de qui-quadrado ou Exato de Fisher. RESULTADOS: Análise foi composta pelos participantes que concluíram o estudo até a 12ª semana de acompanhamento, todos do sexo feminino. As características clínicas não divergiram entre os grupos. A média de idade no grupo água e controle foi de 39 (+/-18) e 37 (+/-12), respectivamente (p=0,689). A distribuição étnica revelou que no grupo Água (33,3%) caucasianos e (66,7%) não caucasianos, no grupo Controle (55,6%) caucasianos e (44,4%) não caucasianos (p=0,398). No grupo Água a incapacidade da migrânea (MIDAS) reduziu de 31 (+/-17) para 13 (+/-13,94) (p=0,112). A quantidade de dias de dor de cabeça em três meses diminuiu de 61 (+/-30) para 29,67 (+/-21,26) (p=0,092), e o impacto da migrânea (HIT-6) reduziu de 64 (+/-4) para 56,67 (+/-5,85) (p=0,057). No grupo Controle, houve melhorias significativas. A pontuação da incapacidade da migrânea diminuiu de 67 (57) para 16 (+/-24,15) (p=0,038). A quantidade de dias de dor de cabeça em três meses reduziu de 65 (+/-27) para 20,33 (+/-27,25) (p=0,004), e o impacto da migrânea (HIT-6) caiu de 66 (+/-10) para 56,22 (+/-9,39) (p=0,002). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Até o momento, temos um pequeno grupo amostral, sendo ainda menor no grupo Água, possivelmente não foi identificada diferença estatisticamente significativa devido a este fato, possivelmente tratando-se de um erro beta, quando não se identifica uma diferença que na verdade existe.

PALAVRAS-CHAVE: 1. Migrânea; 2. Ingestão de água; 3. Qualidade de Vida; 4. Cefaleia; 5 Estilo de Vida.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.