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GENOTIPAGEM DAS VARIANTES NO GENE CALCA -692 T>C (RS3781719) EM INDIVÍDUOS COM MIGRÂNEA: ASSOCIAÇÃO COM SUSCETIBILIDADE E QUADRO CLÍNICO

CARVALHO, Lara Schiavão De ¹; OLIVEIRA, Carlos Eduardo Coral De ³; VITALI, Aline ³; REICHE, Edna Maria Vissoci ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Câmpus Londrina – Câmpus Londrina
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Câmpus Londrina

INTRODUÇÃO: A migrânea é uma doença prevalente que acomete mais de 1 bilhão de pessoas mundialmente. É caracterizada por uma cefaleia episódica associada a sintomas como fotofobia, fonofobia, náusea e vômitos. Existem diversos fatores envolvidos em sua etiologia, sendo o fator genético muito relevante, pois existe cerca de 42% de herdabilidade. Algumas variantes no gene CALCA podem influenciar a sua expressão e modular a produção do CGRP, sendo importante citar a variante -692 T>C (rs3781719). OBJETIVOS: Determinar a frequência alélica e genotípica da variante CALCA -692 T>C (rs3781719) em indivíduos com migrânea e controle e analisar as possíveis associações da variante no desenvolvimento e quadro clínico da migrânea. MATERIAIS E MÉTODO: Foram selecionados indivíduos com diagnóstico de migrânea para o grupo caso e indivíduos saudáveis (sem migrânea) para o grupo controle, os quais assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Os participantes responderam questionários sobre dados epidemiológicos e clínicos e permitiram a coleta de suas amostras de 3 mL de sangue, totalizando 57 amostras do grupo caso e 61 do grupo controle. O DNA genômico foi extraído de células do sangue periférico e uma sequência do gene CALCA foi amplificada pela reação em cadeia de polimerase (PCR) com primers específicos. O produto de PCR foi digerido pela enzima de restrição Bsm AI. Em seguida, os fragmentos foram avaliados quanto a sua extensão por meio de uma eletroforese em gel de agarose, o que permitiu interpretar se os genótipos eram homozigotos selvagens (TT), heterozigoto (TC) ou homozigoto recessivo (CC). RESULTADOS: . No grupo migrânea, a idade média dos pacientes foi de 35 anos, com prevalência do sexo feminino e caucasianos com índice de massa corpórea (IMC) médico de 25,33 kg/m2. No grupo controle, a idade média dos participantes foi de 37 anos, com prevalência do sexo feminino e caucasianos e com IMC médio de 25,78 kg/m2. Em relação à frequência genotípica, não estava de acordo com o equilíbrio de Hardy Weinberg nos grupos avaliados. A frequência alélica dos pacientes com migrânea foi de 75,0% para o alelo T e de 25,0% para o alelo C, enquanto no grupo controle foi de 67,2% para o alelo T e de 22,9% para o alelo C. A frequência genotípica foi de 66,9% para o genótipo TT, 21,05% para o TC e 14,04% para CC no grupo migrânea e de 67,21% para o genótipo TT, 22,85% para TC e 9,84% para CC. Não houve significância entre esses resultados (p>0,05). Em relação às características clínicas, encontrou-se significância fraca entre a presença do alelo C e o IMC e com o uso de tricíclicos para controle da doença e correlação negativa moderada entre esse alelo e a presença de náuseas e vômitos como sintomatologia da migrânea. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Ademais, foi observada uma correlação entre a presença do alelo variante C com características clínicas como IMC, náuseas e vômitos e com o tratamento com antidepressivos tricíclicos. Os resultados obtidos sugerem a necessidade de mais pesquisas para esclarecer completamente essa associação

PALAVRAS-CHAVE: Migrânea; CGRP; neuroinflamação; PCR; eletroforese em gel de agarose.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.