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AVALIAÇÃO DE PACIENTES SUBMETIDOS A IMPLANTE DE PRÓTESE BIOLÓGICA EM POSIÇÃO MITRAL DE ETIOLOGIA NÃO REUMÁTICA

GUIDELLI, João Vitor ¹; FARIAS, Fabio Rocha ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: A doença cardíaca valvar é uma das principais causas de cirurgias cardíacas nos Estados Unidos e no Brasil, com etiologias comuns como a origem reumática e o prolapso da valva mitral (PVM), a principal causa da insuficiência mitral. O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico, incluindo a reparação da valva ou o implante de próteses biológicas ou mecânicas, cuja escolha depende de vários fatores, como idade do paciente, comorbidades e capacidade de adesão à terapia anticoagulante a longo prazo OBJETIVOS: Avaliar as características clínicas e hemodinâmicas de pacientes com doença valvar mitral não reumática submetidos a implante de próteses biológicas e comparar os desfechos clínicos e hemodinâmicos entre próteses biológicas e mecânicas, fornecendo uma base para decisões clínicas informadas. MATERIAIS E MÉTODO: O atual estudo, portanto, trata-se de uma revisão sistemática, a qual teve literatura extraída da base de dados PubMed durante os meses de junho e julho de 2024. Os descritores utilizados foram: (“(((valve replacement) AND (mitral prosthesis)) AND (biological prosthesis)) NOT (valve repair)]) RESULTADOS: A revisão indicou que não houve diferença significativa na taxa de mortalidade entre pacientes com próteses biológicas e mecânicas. No entanto, os pacientes com próteses biológicas apresentaram menor risco de sangramento em comparação com aqueles com próteses mecânicas, mas tiveram uma frequência significativamente maior de reoperações, devido à degeneração estrutural das próteses biológicas. Não foram observadas diferenças significativas no risco de embolia arterial sistêmica e endocardite infecciosa entre os dois tipos de próteses. Esses resultados sugerem que, embora as próteses biológicas possam oferecer vantagens em termos de menor risco de complicações hemorrágicas, a durabilidade dessas próteses pode ser um fator limitante, levando a uma maior necessidade de reoperações. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A avaliação ecocardiográfica mostrou que essas próteses biológicas podem levar a uma maior incidência de disfunção valvar estrutural em comparação com próteses mecânicas. Foi observado que, embora o risco de complicações hemorrágicas fosse menor com próteses biológicas, a frequência de reoperações foi significativamente mais alta. O risco de complicações tromboembólicas e endocardite não diferiu substancialmente entre os tipos de próteses, corroborando a literatura existente. Essas descobertas destacam a importância de considerar a durabilidade e o perfil de complicações das próteses biológicas ao tomar decisões sobre o tratamento. A escolha do tipo de prótese deve ser baseada em uma avaliação detalhada das características individuais dos pacientes e dos possíveis riscos e benefícios associados a cada tipo de prótese, com o objetivo de otimizar os resultados clínicos e melhorar a qualidade de vida dos pacientes com doença valvar não reumática.

PALAVRAS-CHAVE: 1. Prótese biológica; 2. Prótese mitral 3. Troca valvar; 4. Implante cardíaco 5 Insuficiência mitral. 6. Prolapso da valva mitral

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.