AVALIAÇÃO DE RIGIDEZ ARTERIAL ATRAVÉS DA VELOCIDADE DE ONDAS DE PULSO NA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

INTRODUÇÃO: A insuficiência Cardíaca com fração de ejeção preservada (ICFEP) é uma doença complexa e com fisiopatologia que ainda demanda esclarecimentos. Buscando elucidação sobre o funcionamento dessa doença, foi avaliada a rigidez arterial dos pacientes com ICFEP por meio da Velocidade de Ondas de Pulso (VOP) pelo método oscilométrico. OBJETIVOS: Esse estudo visou descrever e avaliar, por meio do exame de VOP, a rigidez arterial dos pacientes com ICFEP. Secundariamente, visou-se associar a rigidez aórtica com os fenótipos da ICFEP, bem como compará-la com a insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFER) nesse parâmetro. MATERIAIS E MÉTODO: Foi realizado um estudo prospectivo, com o total de 31 pacientes, divididos em três grupos: pacientes ICFEP (N = 10), ICFER (N = 11) e controle (N = 10). Foram analisados a VOP desses pacientes pelo método oscilométrico. Ainda, foram coletados parâmetros ecocardiográficos e farmacoterapia utilizada. RESULTADOS: Os pacientes ICFEP apresentaram VOP médio de 10,05 m/s (p = 0,25). Nesse grupo, 60% dos pacientes estavam com VOP dentro do percentil adequado para faixa etária e sexo (p= 0,059). Em relação aos fenótipos de apresentação da ICFEP, houve maiores índices de pacientes dislipidêmicos (p = 0.097) e diabéticos (p = 0.08) no grupo ICFEP, bem como maior prevalência de doença arterial obstrutiva periférica nesses pacientes (p = 0.097). Ainda, foi constatado idade avançada e rigidez arterial expressiva pelo parâmetro de VOP nesse grupo. Num comparativo, a VOP demonstrou média de 10,05 m/s nos pacientes ICFEP, 10,06 m/s nos pacientes controle e 8,7 m/s nos pacientes ICFER (p = 0,25). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Frente a isso, não foi possível observar diferença com relevância estatística entre os pacientes ICFEP e os valores de percentil esperados para sua faixa etária e sexo, com p = 0,059. Foram descritas altas prevalências de dislipidemia, doença arterial obstrutiva periférica e diabetes mellitus nos pacientes com ICFEP, porém não houve associação desses dados com o valor médio de VOP, por esse apresentar p = 0,25. A VOP não demonstrou variação estatisticamente significante entre os grupos do estudo, pois, pela baixa relevância estatística (p = 0,25), não foi possível comparar os grupos ICFER e ICFEP.

PALAVRAS-CHAVE: 1.Insuficiência cardíaca ; 2.Rigidez arterial; 3.ICFEP; 4.ICFER; 5 Fenótipos de IC