Logo PUCPR

ATENÇÃO FARMACÊUTICA VERSUS REDES SOCIAIS EM ASCENSÃO

RISKE, Caroline ¹; BORDIN, Cynthia França Wolanski ³; OLIVEIRA, Gracinda Maria D Almeida E ²
Curso do(a) Estudante: Farmácia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Farmácia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: Nas últimas décadas, o papel do farmacêutico na sociedade passou por uma evolução substancial. Originalmente limitado à dispensação de medicamentos, a prática farmacêutica expandiu-se para incluir o aconselhamento e acompanhamento farmacoterapêutico centrado no paciente, enfatizando a relevância da atenção farmacêutica. No entanto, o uso inadequado de medicamentos persiste, o que destaca a necessidade de promover o uso racional destes. Com o advento da internet, a busca por informações de saúde em redes sociais tornou-se cada vez mais comum, oferecendo um acesso rápido e fácil a dados médicos. Esta tendência tem levado muitos indivíduos a preferirem orientação médica online em detrimento da consulta a estabelecimentos de saúde. Contudo, essa prática também tem facilitado a disseminação de desinformação, particularmente em relação aos medicamentos, o que contribui para o aumento da automedicação. OBJETIVOS: Analisar como as mídias sociais estão influenciando a prática da atenção farmacêutica, especialmente no que se refere ao uso racional de medicamentos entre a comunidade universitária MATERIAIS E MÉTODO: Utilizou-se uma abordagem quantitativa, que incluiu uma revisão de literatura sobre o tema. Posteriormente, foi aplicado remotamente um questionário via plataforma Forms® a funcionários, professores e estudantes da área da saúde de uma universidade privada do Sul do Brasil. O questionário abordou o uso de mídias sociais e sua influência na utilização de medicamentos, obtendo 152 respostas, majoritariamente de estudantes. A análise considerou variáveis como a quantidade de plataformas de redes sociais utilizadas, o grau de influência dessas plataformas e a prática de automedicação. RESULTADOS: A maioria dos participantes utiliza pelo menos quatro plataformas de redes sociais, interage frequentemente com conteúdos relacionados à saúde e é influenciada por essas redes, especialmente no que se refere à automedicação. A pesquisa indicou que a automedicação é uma prática comum entre os participantes, frequentemente motivada por experiências anteriores com medicamentos e pela influência de informações obtidas nas redes sociais. Além disso, a maioria dos indivíduos reconhece que essas tendências podem estar associadas ao consumo irracional de medicamentos. Um exemplo disso é a popularidade do medicamento Zolpidem nas redes sociais, considerado um fator de preocupação em relação ao uso racional de medicamentos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As redes sociais têm um impacto significativo no comportamento relacionado ao uso de medicamentos, podendo dificultar os esforços de atenção farmacêutica. Para mitigar esse problema, é essencial que os profissionais de saúde utilizem as plataformas digitais para disseminar informações precisas e promover o uso responsável de medicamentos, aproveitando o alcance dessas ferramentas para educar a população e reduzir os riscos associados à automedicação. É necessário um esforço contínuo para combater a disseminação de desinformação e promover a saúde pública de forma mais eficaz.

PALAVRAS-CHAVE: 1. Atenção farmacêutica; 2. Uso racional de medicamentos; 3. Redes sociais; 4. Automedicação; 5 Internet.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.