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RELAÇÃO DA DIVERSIDADE DE GÊNERO NOS CONSELHOS DE ADMINISTRAÇÃO DAS COOPERATIVAS DO RAMO AGROINDUSTRIAL E DE SAÚDE DO BRASIL E A RENTABILIDADE ECONÔMICA – ROA

SEKULIC, Leandro Jorge ¹; BERGEL, Renê ³; SILVA, Eduardo Damiao Da ²
Curso do(a) Estudante: Administração – Internacional – Escola de Negócios – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Administração – Escola de Negócios – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: Introdução. O tema da diversidade de gênero está em alta há décadas, com movimentos em favor surgindo desde então, sob a forma de políticas de igualdade de gênero, estudos destacando os benefícios da diversidade e criação de objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) promovidos pela ONU ou mesmo pela agenda ESG. Houve progresso neste campo, porém ainda existem diversos desafios para superar as desigualdades, especialmente em países subdesenvolvidos. Dito isso, tal realidade se aplica também às cooperativas, organizações estas que têm caráter plural, necessitando tanto de desempenho econômico favorável como também de desenvolvimento da comunidade em que estão inseridas, assim contribuindo para os ODS e para o avanço da agenda ESG. As cooperativas, desta forma, são casos peculiares para este estudo, já que a balança do paradoxo social e econômico não pode ficar desequilibrada, caso contrário pode acarretar às cooperativas uma contradição com os princípios cooperativistas. O foco é a diversidade não apenas no âmbito do trabalho, mas em especial nos níveis da alta gestão e na governança das cooperativas. OBJETIVOS: Objetivos. Por isso, definiu-se como objetivo deste projeto determinar qual a relação entre a diversidade de gênero nos conselhos de administração e alta administração das cooperativas do ramo da saúde no desempenho econômico-financeiro, mensurado pela rentabilidade dos ativos (ROA). MATERIAIS E MÉTODO: Materiais e Métodos. Foram analisados trabalhos sob as lentes da teoria da agência, dependência de recursos e teorias de stakeholders, observando a relação entre o número de mulheres nos conselhos e os resultados econômicos das empresas. Tais estudos tiveram resultados contrastantes, com correlações positivas, negativas ou mesmo sem correlação alguma. Neste presente estudo, foram utilizados dados financeiros para o cálculo do ROA, disponibilizados pela ANS, contendo as informações de Balanços e Demonstrativos de Resultados das cooperativas do ramo da saúde do Brasil. Os dados para identificação dessas cooperativas (Master Data) foram encontrados, também, em uma base de dados da ANS em domínio público. Além disso, o período analisado é o de 2023, sendo assim foram incluídas apenas as cooperativas cujo conselho de administração de 2023 estava discriminado em seu site, de modo que a vigência seja compatível com o resultado (ROA), para que o indicador seja referente à vigência. Com uma amostra significativa de 100 cooperativas do ramo saúde, foi então calculado o índice BLAU (índice de diversidade). Com os dados do ROA e índice BLAU, foi realizada uma regressão bivariada. RESULTADOS: Resultados. A hipótese H1, de que as cooperativas cujo Conselho de Administração possui uma maior representação feminina apresentam maior rentabilidade, não foi confirmada para a amostra de 100 cooperativas de saúde levantadas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclusão. A baixa correlação na regressão realizada para todas as amostras (segmentações) conclui que, até o presente momento, para a amostra, não existe uma relação clara entre diversidade de gênero nos conselhos de cooperativas da saúde e seus resultados econômicos. Sugere-se, em estudos futuros, buscar compreender as causas deste resultado de baixa diversidade, sejam elas em função de aspectos culturais, contexto econômico, ou particularidades de cada organização.

PALAVRAS-CHAVE: 1. Diversidade; 2. Gênero; 3. Igualdade; 4. Cooperativas; 5 Governança

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.