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ANÁLISE ELETROCARDIOGRÁFICA DE PACIENTES SUBMETIDOS A ESTIMULAÇÃO DO SISTEMA DE CONDUÇÃO HIS-PURKINJE

GASPAR, Beliza ¹; JORGE, José Carlos Moura ³; JORGE, Jose Carlos Moura ²; HERAI, Roberto Hirochi ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: Dispositivos Cardíacos Eletrônicos Implantáveis (DCEI’s) tornaram-se essenciais no tratamento de distúrbios de condução cardíaca por possuírem um sistema gerador de energia que auxilia a corrigir o ritmo cardíaco. Em sua aplicação mais ampla, o tratamento com DCEI’s abrange marcapassos (MPs), cardioversores desfibriladores implantáveis (CDIs) e terapia de ressincronização cardíaca isolada (TRC-MP) ou associada à desfibrilação (TRC-CDI). O marcapasso hissiano, mostra-se uma nova tecnologia com diversos benefícios, entretanto, na presente literatura, dados brasileiros acerca da temática ainda são escassos. Dessa forma, faz-se avaliação do perfil epidemiológico e eletrocardiográfico desses pacientes, visando melhor entender suas associações presentes, a eficácia da técnica e a prevalência das comorbidades na população de estudo. OBJETIVOS: Analisar os traçados eletrocardiográficos de pacientes submetidos ao marcapasso hissiano e comparar com os métodos de estimulação tradicional. MATERIAIS E MÉTODO: Estudo observacional analítico transversal retrospectivo que foi realizado com dados do período de agosto de 2020 a agosto de 2022 realizado no departamento de eletrofisiologia do Laboratório Eletrofisiologia de Curitiba. No estudo foram incluídos 100 pacientes com histórico de implante de marcapasso hissiano. Pacientes com critérios de exclusão ou sem critérios de inclusão foram retirados da coleta de dados. Os dados do procedimentos são originados de hospitais vinculados ao Laboratório de Eletrofisiologia de Curitiba (LEC). Os dados coletados foram: idade, gênero, comorbidades, índice de massa corporal, eventos cardiovasculares prévios e dados ecocardiográficos, medicações de uso contínuo e traçados eletrocardiográficos. RESULTADOS: Neste estudo, os pacientes que receberam o marcapasso ressincronizador no ventrículo direito (MRE) apresentaram uma mediana de QRS de 100 ms, que aumentou discretamente para 112 ms ao longo do acompanhamento. A maioria dos pacientes manteve o QRS abaixo de 130 ms após o implante, com exceção de um caso, em consonância com os achados de Cheng et al. Conforme evidências da literatura, o MRE demonstra uma taxa de sucesso variando entre 89% e 97%, sendo uma técnica reprodutível, eficaz e com parâmetros eletrônicos seguros. Tanto as diretrizes europeias quanto as americanas consideram o MRE como um sítio alternativo para o implante de marcapasso, porém são necessários mais estudos com acompanhamento a longo prazo para estabelecer melhor a sua aplicabilidade. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A evidência eletrocardiográfica, caracterizada pelo estreitamento do QRS, indica uma otimização da mecânica cardíaca e previne a dissincronia ventricular, evitando os prejuízos associados ao implante do marcapasso no ventrículo direito. Até o momento, os resultados na literatura são encorajadores, porém são necessários estudos clínicos randomizados mais abrangentes para se obter evidências mais sólidas sobre os potenciais benefícios do marcapasso biventricular (MPH) e do marcapasso ressincronizador no ventrículo direito (MRE).

PALAVRAS-CHAVE: ANÁLISE ELETROCARDIOGRÁFICA; SISTEMA DE CONDUÇÃO HIS-PURKINJE; ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa Fundação Araucária no programa PIBIC.