DETECÇÃO DA PRESENÇA PERSISTENTE DE RNA VIRAL DE SARS-COV-2 EM GESTANTES

INTRODUÇÃO: Os vírus são agentes infecciosos intracelulares que se mantêm por transmissão contínua em populações humanas. O SARS-CoV-2, um coronavírus emergente, provoca uma doença multissistêmica, com manifestações graves em gestantes devido a alterações imunológicas e fisiológicas. Existe a possibilidade de transmissão para o bebê através de infecção congênita ou transmissão vertical, sendo que o maior risco ocorre dentro dos primeiros 14 dias após o nascimento. Dessa forma, é importante entender se há a persistência do RNA viral SARS-COV-2 em gestantes, já que a atenção recente ao papel potencial da persistência do RNA viral ressalta que isso pode causar complicações tardias específicas e impedir a recuperação completa da infecção aguda. Consequências semelhantes também são observadas após outras infecções agudas por vírus de RNA. No entanto, ainda é um desafio entender como e por que o RNA viral pode persistir sem evidência de vírus infeccioso e quais podem ser as implicações dessa persistência para a saúde humana. OBJETIVOS: O objetivo foi avaliar a presença do RNA viral persistente em gestastes e suas manifestações após o parto. MATERIAIS E MÉTODO: Foram selecionadas 120 gestantes no período de agosto até dezembro de 2023. As participantes responderam questionários sobre dados epidemiológicos e clínicos e realizaram a extração de RNA viras das amostras das gestantes. Em seguida, analisaram as amostras do vírus SARS-CoV-2 por meio de detecção molecular por qRT-PCR. RESULTADOS: Todos os resultados das amostras analisadas deram negativo para a presença de material genético do SARS-CoV-2 no soro das gestantes. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Não foi possível identificar a presença de RNA viral persistente em gestantes.

PALAVRAS-CHAVE: 1. Coronavírus; 2. Gestantes; 3. Infecções por coronavírus; 4. RNA persistente; 5. PCR.