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O ADOECIMENTO DO ESPÍRITO PELO TRABALHO: PREVALÊNCIA DE BURNOUT E O PAPEL MEDIADOR DA AUTOCOMPAIXÃO EM DOCENTES DO ENSINO SUPERIOR

LABIAK, Olga Maria Lima ¹; ROSAS, Luciana Soares ³; ESPERANDIO, Mary Rute Gomes ²
Curso do(a) Estudante: Psicologia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Teologia – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: Este estudo compõe um projeto mais amplo intitulado ‘’Cuidado espiritual como campo de conhecimento e de políticas públicas em saúde’’, o qual busca se aprofundar no conhecimento sobre a relação entre espiritualidade e saúde. Dessa forma, esta pesquisa aborda o adoecimento do espírito pelo trabalho, identificando a Síndrome de Burnout e a relação com autocompaixão, junto a profissionais docentes universitários. O Burnout é caracterizado como um fenômeno psicossocial que surge como uma resposta crônica aos estressores interpessoais presentes no ambiente de trabalho. A autocompaixão é baseada nos princípios de auto bondade, humanidade comum e mindfulness, apontando a importância de uma atitude compassiva consigo mesmo. OBJETIVOS: Compreender os processos de adoecimento espiritual e os recursos de enfrentamento espiritual de profissionais docentes de graduação e pós-graduação. MATERIAIS E MÉTODO: A pesquisa é de natureza quantitativa, do tipo survey, de corte transversal e é classificada como descritiva. Os dados foram coletados por meio de um link disponibilizado por e-mail e WhatsApp. Foram utilizados os seguintes instrumentos: 1) Questionário para levantamento dos dados sociodemográficos; 2) Escala de Coping Espiritual Religioso; Escala Breve de Autocompaixão; o Oldenburg Burnout Inventory e a Escala WHO-5, realizada com os profissionais docentes de graduação e pós-graduação. Para obtenção dos resultados estatísticos utilizou-se o método de análise quantitativa com o software SPSS 21. RESULTADOS: . Participaram do estudo 188 pessoas, finalizando com 133 respostas válidas para análise. Destas, 53,8% são do sexo feminino, 45,5% do sexo masculino e a média da idade foi de 51,3 anos, e 85,7% se declaram de cor branca. 77% acreditam em Deus. A Escala OLBI indicou 48, 9% da amostra com Burnout, com esgotamento 13,79%. Cerca de 10% das pessoas participantes do estudo estiveram em licença saúde no último ano. Na análise da relação entre autocompaixão e bem-estar, comparando os escores da Escala Breve de Autocompaixão com os resultados da Escala de Bem-Estar da Organização Mundial da Saúde (WHO-5), verificou-se uma correlação positiva moderada e significativa. Os dados mostram que pessoas com burnout têm escores de autocompaixão significativamente mais baixos do que as pessoas sem burnout.Quando comparadas a Escala Breve de Autocompaixão e a Escala de Coping Espiritual Religioso, encontrou-se uma correlação negativa moderada e significativa entre autocompaixão e Coping Espiritual Religioso positivo, mas não foi encontrada uma correlação significativa entre autocompaixão e Coping Espiritual Religioso negativo. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Considerando que os resultados indicam que quanto mais autocompaixão menos burnout, sugere-se intervenções com base no treinamento em compaixão e autocompaixão, de modo a fortalecer o espírito e o equilíbrio emocional no ambiente de trabalho. Teologia e Psicologia podem dialogar na criação interdisciplinar de intervenções nessa direção.

PALAVRAS-CHAVE: Autocompaixão; Burnout; Espiritualidade; Bem-estar; Religiosidade

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa Fundação Araucária no programa PIBIC.