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AFERIÇÃO DE VARIÁVEIS CLÍNICAS ATRAVÉS DE ENTREVISTA ESTRUTURADA E DIÁRIO DE CEFALEIA EM ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO COMPARANDO-SE INDIVÍDUOS DO GRUPO CONTROLE E GRUPO HIGIENE DO SONO

RIZZI, Gabriela Terenzi ¹; ANTONUCCI, Aline Vitali Da Silva ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Câmpus Londrina – Câmpus Londrina
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Câmpus Londrina

INTRODUÇÃO: A migrânea é uma cefaleia primária comum e debilitante, fortemente influenciada pelo estilo de vida. Distúrbios do sono são um dos principais fatores que podem desencadear crises de migrânea. Alguns estudos indicam que melhorar a higiene do sono pode ajudar a reduzir a intensidade e a frequência das crises, mas as evidências clínicas sobre a eficácia dessas orientações ainda são limitadas. OBJETIVOS: Avaliar o impacto das orientações individualizadas e estruturadas sobre higiene do sono na migrânea, comparando com um grupo controle. MATERIAIS E MÉTODO: O estudo foi aprovado Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) sob o número de aprovação 6.107.505. da Plataforma Brasil. Foi conduzido um ensaio clínico randomizado, controlado e não cegado. Participaram do estudo indivíduos com migrânea, com idades entre 18 e 59 anos, atendimentos no Ambulatório Acadêmico de Cefaleia da PUCPR, Londrina-PR. Os participantes foram divididos em dois grupos: (1) controle e (2) higiene do sono. O grupo controle recebeu atendimento habitual, enquanto o grupo higiene do sono recebeu orientações individualizadas sobre higiene do sono. Os participantes foram avaliados no início (T0) e após 12 semanas (T12) utilizando uma entrevista estruturada e questionários autoaplicáveis: Migraine Disability Assessment (MIDAS), Headache Impact Test 6 (HIT-6), Allodynia Symptom Checklist (ASC-12), Generalized Anxiety Disorder 7-item (GAD-7), Inventário de Depressão de Beck (IDB), Índice de Gravidade da Insônia (IGI) e Escala de Sonolência de Epworth (ESE), além de um diário de cefaleia. RESULTADOS: Um total de vinte participantes completaram o acompanhamento de 12 semanas, com 9 no grupo controle e 11 no grupo de higiene do sono. Os grupos eram semelhantes em termos de características demográficas e clínicas (p> 0,05), exceto pelo uso excessivo de analgésicos, que foi maior no grupo controle (77,8% vs. 27,3%; p = 0,025). Ao longo do estudo, ambos os grupos apresentaram uma redução na frequência e intensidade das crises da dor, conforme registrado nos diários de cefaleia. No entanto, não foram observadas diferenças significativas nos parâmetros avaliados entre os grupos, possivelmente devido ao tamanho reduzido da amostra. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As intervenções relacionadas à higiene do sono são viáveis no contexto de atendimento ambulatorial especializado para migrânea. Contudo, um estudo com uma amostra maior seria necessário para obter resultados mais conclusivos e aprimorar a eficácia das intervenções avaliadas.

PALAVRAS-CHAVE: 1. Migrânea; 2. Insônia; 3. Higiene do sono; 4. Terapia comportamental;

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.