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ORTOREXIA NERVOSA E SUA ASSOCIAÇÃO À IMAGEM CORPORAL E AO ESTADO NUTRICIONAL EM UNIVERSITÁRIOS DE CURSOS DA ÁREA DA SAÚDE

ALMEIDA, Luciana Fernandes De ¹; CABRAL, Kelly Mendes Cordeiro ³; LEINIG, Cyntia Erthal ²
Curso do(a) Estudante: Nutrição – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Nutrição – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: A ortorexia nervosa pode ter impacto significativo na qualidade de vida e na saúde de indivíduos, principalmente aqueles que estão inseridos nos grupos de riscos. Apesar de sua relevância, esse comportamento alimentar tem sido pouco explorado na literatura científica, possivelmente devido à falta de reconhecimento oficial como um transtorno alimentar. Sua prevalência varia de acordo com o grupo de pessoas avaliadas, a metodologia utilizada para avaliação e o país em que o estudo foi realizado. Entretanto, não se sabe qual a prevalência da ON ou de comportamentos de risco para o seu desenvolvimento em nosso meio e qual a sua relação com a imagem corporal e o estado nutricional. OBJETIVOS: Identificar a prevalência de comportamentos alimentares de risco para ortorexia nervosa e sua associação à imagem corporal e ao estado nutricional de estudantes universitários da área da saúde. MATERIAIS E MÉTODO: A pesquisa, de caráter descritivo-analítica, transversal, observacional e de abordagem quantitativa, foi desenvolvida com universitários que frequentam cursos de saúde de diferentes universidades. A coleta de dados se deu através do envio de questionário eletrônico. Para avaliação da presença de comportamentos alimentares de risco para a ON, foi utilizado o questionário ORTO-15, versão traduzida e adaptada culturalmente para o português (Pontes, 2014). Para a identificação da imagem corporal selecionada pelo participante foi utilizada a escala de silhuetas de Kakeshita e colaboradores (2009). Para a obtenção do estado nutricional através do IMC, o peso e altura do participante foram relatados no questionário de autopreenchimento. Para análise, os dados foram armazenados em um banco de dados em planilha do Excel® e foi utilizada estatística descritiva com distribuição de frequência, média, desvio padrão, mediana, mínimo e máximo. Para avaliar possíveis associações foi empregado teste Qui-Quadrado ou Teste Exato de Fisher, além do teste de correlação de Pearson entre variáveis de comportamento de risco e IMC, com nível de significância de 5% (p<0,05). RESULTADOS: Participaram dessa pesquisa 165 universitários. Destes, 80% eram do sexo feminino, 93% solteiros, 86,4% com idades entre 18 e 25 anos e 66% cursavam medicina ou nutrição. Foi possível observar uma elevada prevalência de comportamento de risco para ON (79,5%). O estudo também identificou uma visão alterada da imagem corporal desses estudantes, onde o IMC médio percebido foi superior ao IMC real relatado, sendo estudantes que, em sua grande maioria, estão com o IMC eutrófico (70%). Não foi possível relacionar o comportamento de risco para ON com o estado nutricional e com a imagem corporal dos estudantes. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A prevalência de comportamentos alimentares de risco para ortorexia nervosa foi elevada entre estudantes universitários da área da saúde, mas não houve associação à imagem corporal percebida ou ao seu estado nutricional. A ON ainda é considerada um fenômeno novo e seus critérios diagnósticos, métodos de classificação e mecanismos básicos de desenvolvimento ainda estão sendo questionados e discutidos. É de fundamental importância que sejam realizados estudos exploratórios aos resultados discutidos, propiciando maiores esclarecimentos sobre os seus determinantes.

PALAVRAS-CHAVE: 1. Ortorexia Nervosa; 2. Comportamento Alimentar; 3. Imagem Corporal; 4. Índice de Massa Corporal; 5 Estudantes Universitários

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.