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IDENTIFICAÇÃO DA ESFINGOSINA-1-FOSFATO COMO BIOMARCADOR DA ANEMIA EM PACIENTES EM HEMODIÁLISE

OZOGOVSKI, Yuri Daitschman ¹; DIAS, Erika Sousa ³; ALEGRE, Julia Bacarin Monte ³; SPITZENBERGEN, Beatriz Akemi Kondo Van ³; ANDRADE, Gabriela Bohnen ³; AMARAL, Andrea Novais Moreno ²
Curso do(a) Estudante: Ciências Biológicas – Bacharelado – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Ciências Biológicas – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: A esfingosina-1-fosfato (S1P) é uma molécula sinalizadora lipídica, com uma função específica de mediadora pró ou anti-inflamatória. Na doença renal crônica (DRC), a persistente inflamação de baixo grau é um fator substancial no desenvolvimento e progressão da doença, além de possuir uma correlação com aumento da mortalidade e problemas cardiovasculares. As células vermelhas do sangue (RBC) são os maiores depósitos e transportadores de S1P no sangue. Desta forma, hipotetizamos que a modulação dos níveis de S1P seja dependente dos RBC e que a mensuração de S1P pode oferecer uma nova abordagem terapêutica para identificar a inflamação crônica em pacientes com DRC, potencialmente diminuindo a progressão da doença e suas complicações associadas. OBJETIVOS: Uma vez que a anemia está associada à progressão da DRC, este estudo possui como objetivo avaliar os níveis de S1P na população com doença renal crônica em hemodiálise. MATERIAIS E MÉTODO: Os níveis de S1P foram dosados do plasma ou plasma enriquecido com RBC obtido de pacientes em hemodiálise (HD) (n=19) e comparados com indivíduos saudáveis (CON) (n=7). A mensuração de S1P foi realizada utilizando o Ensaio de Imunoabsorção Enzimática (ELISA). RESULTADOS: Na análise de plasma isolado, não houve diferença estatisticamente significativa nos níveis de S1P entre os grupos de pacientes em hemodiálise (HD) e o grupo controle (CON), com médias de 111,5 ± 36,75 e 151 ± 71,02, respectivamente. No entanto, ao analisar os níveis de S1P no plasma combinado com células vermelhas do sangue (Plasma + RBC), foram observados níveis significativamente mais baixos no grupo HD (168,4 ± 61,2) em comparação com o grupo CON (267,1 ± 56,1). Esses resultados indicam que a concentração de S1P associada às células vermelhas do sangue pode ser um marcador mais sensível de disfunção em pacientes em hemodiálise do que a medição no plasma isolado. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os resultados sugerem que a redução dos níveis de S1P pode estar diretamente relacionada à presença de RBC na amostra. Como a população com doença renal crônica frequentemente apresenta anemia, o armazenamento e a liberação de S1P pelas RBC podem estar comprometidos. Isso indica que a anemia pode contribuir para a diminuição dos níveis de S1P, potencialmente exacerbando a inflamação crônica. Portanto, estratégias que visem melhorar o armazenamento e a liberação de S1P pelas RBC, possivelmente por meio do tratamento da anemia, podem oferecer novas oportunidades terapêuticas para melhorar o estado inflamatório e os desfechos clínicos em pacientes com DRC.

PALAVRAS-CHAVE: 1. S1P; 2. Anemia; 3. Eritrócitos; 4. Hemodiálise; 5. DRC

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa CNPq no programa PIBIC.