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PAISAGEM HUMANIZADA: SUBSÍDIOS À GESTÃO DE CIDADES (PÓS-)PANDÊMICAS NA AMÉRICA LATINA

STURZENEKER, Sofia Lourenço ¹; HARDT, Carlos ³; SANTOS, Elisie Oliveira ³; PELLIZZARO, Patrícia Costa ³; HARDT, Leticia Peret Antunes ²
Curso do(a) Estudante: Arquitetura E Urbanismo – Escola Belas Artes – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Arquitetura E Urbanismo – Escola Belas Artes – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: Diante da problemática da existência de lacunas científicas e tecnológicas notáveis em relação a soluções factíveis e avanços significativos para enfrentamento de impactos pandêmicos em áreas urbanas, este estudo tem foco em alternativas de (re)humanização da paisagem para mitigação de efeitos deletérios de crises sanitárias. OBJETIVOS: Nesse âmbito, seu objetivo geral é subsidiar o processo de gestão de cidades (pós-)pandêmicas na América Latina. MATERIAIS E MÉTODO: Com estrutura multimétodos, abordagem qualiquantitativa e caráter aplicado, a investigação foi desenvolvida em cinco etapas principais. A primeira – fundamentação teórica – foi voltada à interpretação de teorias e conceitos básicos, enquanto a segunda – estruturação metodológica – foi direcionada à sistematização de técnicas e métodos para elaboração do trabalho, ao passo que a terceira – contextualização urbanística – foi dirigida à compreensão de aspectos físico-territoriais, socioeconômicos e jurídico-legais de cinco cidades médias latino-americanas (São José dos Pinhais, Brasil; Popayán, Colômbia; Concepción, Chjle; Toluca, México; Córdoba, Argentina), selecionadas previamente como objetos de exame integrado do grupo de pesquisa. A quarta etapa – análise de vulnerabilidades – foi orientada à avaliação de cinco pontos em cada região central das malhas urbanizadas, determinados a partir de critérios de concentração de pessoas (sensibilidade ao contágio pandêmico) e segurança pública (suscetibilidade à vitimização por delitos de oportunidade), ao mesmo tempo em que a quinta – discussão de propostas – foi conduzida à organização de diretrizes para projeto, planejamento e gestão visando à (re)humanização urbanística. RESULTADOS: Os resultados analíticos evidenciam que a presença de barreiras físicas e a inadequação de relações entre locais públicos e privados agravam condições de insegurança e isolamento social. Predominantemente terciária, a economia também revela as necessidades de diversificação de atividades e de utilização mista dos espaços para sua vitalização. Diagnostica-se, ainda, a relevância da formulação de políticas de zoneamento de uso e ocupação do solo sob a égide de processos participativos equitativos e atualizados para prevenção da fragmentação socioespacial. Como respostas ao questionamento investigativo, são propostas diretrizes projetuais para maximização da resiliência urbana, sobretudo de redução daqueles obstáculos à visão pela adoção, por exemplo, de materiais transparentes e condições adequadas de iluminação; de intensificação da interação entre lugares comunitários e privativos, inclusive com implementação de fachadas ativas e locais interativos; e de ampliação de áreas verdes para vitalidade local. Também se recomenda a criação de infraestrutura para rotatividade de pessoas e sua conectividade, além da requalificação de localidades voltadas ao tráfego de veículos, baseada na priorização de pedestres e ciclistas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se, portanto, pela possibilidade de confirmação da hipótese de que a aplicação desses subsídios à realidade da América Latina possibilita, por meio da conformação de cenários urbanos (re}humanizados, a atenuação de adversidades provocadas por pandemias, contribuindo para a configuração de cidades mais resilientes, inclusivas, adaptáveis e sustentáveis.

PALAVRAS-CHAVE: resiliência urbana; (re)humanização espacial; áreas vulneráveis; diretrizes urbanísticas; cidades médias

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa CNPq no programa PIBIC.