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O USO DE PSICOTRÓPICOS EM ESTUDANTES DAS ESCOLAS DE BELAS ARTES, DIREITO E HUMANIDADES, DE UMA UNIVERSIDADE EM CURITIBA, PARANÁ

SALLES, Beatriz De Lima ¹; BORDIN, Cynthia França Wolanski ³; OLIVEIRA, Gracinda Maria D Almeida E ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Farmácia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: O uso de psicotrópicos, medicamentos que atuam no sistema nervoso central e alteram percepção, humor, comportamento e consciência, tem aumentado consideravelmente. Esse crescimento é influenciado pelo aumento de condições de saúde mental, como ansiedade e depressão. Apesar dos efeitos benéficos desses medicamentos no tratamento dessas condições, também há preocupações com os possíveis efeitos adversos. Diante disso, a necessidade de uma prescrição médica adequada e de um acompanhamento clínico rigoroso se torna evidente. OBJETIVOS: O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência do uso de medicamentos psicotrópicos entre estudantes universitários, investigando os motivos para sua utilização e os efeitos colaterais associados MATERIAIS E MÉTODO: Entre novembro de 2023 e julho de 2024, foram entrevistados estudantes dos cursos de Belas Artes, Direito e Educação e Humanidades de uma universidade em Curitiba, abrangendo ambos os gêneros e idades acima de 18 anos. A amostra foi composta por estudantes diagnosticados com condições de saúde mental, como ansiedade e depressão. RESULTADOS: A maioria dos entrevistados (73,8%) relatou ter sido diagnosticada com alguma condição de saúde mental, e 63,8% desses indivíduos afirmaram ter utilizado medicação para tratar essas condições nos seis meses anteriores à entrevista. Entre os fatores que influenciaram o uso dos medicamentos, destacou-se a influência da faculdade e do curso (56,4%), seja devido à pressão acadêmica ou incertezas sobre o futuro profissional. O medicamento mais utilizado foi a Sertralina, um inibidor seletivo de recaptação da serotonina. Observou-se uma melhora dos sintomas em 92,5% dos casos, mas também foram relatados efeitos adversos em 44,5% dos entrevistados, incluindo náusea, emagrecimento, sonolência, perda de apetite e epistaxe. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os dados indicam uma alta prevalência do uso de psicotrópicos entre estudantes universitários para o tratamento de condições de saúde mental. No entanto, muitos não recebem o acompanhamento clínico adequado e podem experimentar efeitos adversos. Isso reforça a necessidade de um monitoramento mais rigoroso e de estratégias para garantir um uso responsável e informado desses medicamentos. É crucial que tanto prescritores quanto estudantes sejam sensibilizados para a importância do acompanhamento médico contínuo e da gestão adequada do tratamento.

PALAVRAS-CHAVE: 1. Psicotrópicos; 2. Universidade; 3. Saúde mental; 4. Efeitos adversos

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.