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O USO DE PSICOTRÓPICOS EM ESTUDANTES DAS ESCOLAS DE SAÚDE, EXATAS E NEGÓCIOS DE UMA UNIVERSIDADE DO MUNICÍPIO DE CURITIBA

JULIATO, Enzo Lucca Abrão ¹; BORDIN, Cynthia França Wolanski ³; OLIVEIRA, Gracinda Maria D Almeida E ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Farmácia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: : O uso irracional de psicotrópicos pode causar prejuízos à saúde e ao bem-estar do indivíduo tanto a curto quanto a longo prazo. O ambiente universitário, ao proporcionar desenvolvimento pessoal, também pode gerar situações de ansiedade e depressão nos estudantes, levando ao uso de psicofármacos para tratamento. Este estudo investigou a prevalência do uso de medicações psicotrópicas em uma universidade em Curitiba, Paraná, analisando as classes e os medicamentos mais utilizados, e verificando se o consumo é realizado com prescrição e acompanhamento médico OBJETIVOS: O objetivo do estudo foi realizar um levantamento sobre a prevalência do uso de medicações psicotrópicas entre os universitários, identificando as classes e medicamentos mais utilizados, investigando possíveis justificativas para o uso e verificando a adesão ao acompanhamento médico. MATERIAIS E MÉTODO: A pesquisa foi realizada com um grupo de estudantes universitários. Aproximadamente 43,2% dos entrevistados relataram ter algum transtorno mental diagnosticado, com maior prevalência no sexo feminino (66,7%) em comparação ao masculino (32,4%). O estudo identificou que 75,9% dos indivíduos com diagnóstico de transtorno mental utilizaram medicação psicotrópica nos últimos 6 meses. Os diagnósticos mais frequentes foram Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) (24%), Transtorno Depressivo Maior (TDM) (15,6%) e Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) (13,6%). Os medicamentos mais utilizados foram Metilfenidato (17%), Sertralina (15,8%), Lisdexanfetamina (10,9%) e Desvenlafaxina (10,9%). RESULTADOS: Aproximadamente 95,1% dos participantes que usaram medicação nos últimos 6 meses relataram melhora na saúde, mas 40,2% desses indivíduos também mencionaram efeitos adversos como insônia, falta de apetite, sonolência, ganho de peso e náuseas. Esses achados indicam uma alta prevalência do uso de psicotrópicos entre jovens universitários, correlacionada a um elevado número de diagnósticos de transtornos mentais. O estudo também revelou um crescimento no consumo irracional de tais medicações e uma tendência crescente de uso sem o devido acompanhamento médico. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A pesquisa conclui que a prevalência de uso de psicotrópicos em jovens universitários é alta, especialmente devido à significativa quantidade de diagnósticos de transtornos mentais. Observou-se também uma tendência preocupante de uso irracional dessas medicações e uma crescente falta de acompanhamento médico. Recomenda-se a implementação urgente de campanhas e estratégias para combater o uso inadequado de psicotrópicos e reforçar a importância do acompanhamento clínico contínuo.

PALAVRAS-CHAVE: 1. Psicotrópicos; 2. Estudantes; 3. Transtorno mental; 4. Prevalência; 5 Prescrição.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.