Logo PUCPR

FISIOTERAPIA NA MELHORA DA QUALIDADE DE VIDA EM PORTEDORES DE DTM

ZELLA, Laura ¹; GUERIOS, Lara ²
Curso do(a) Estudante: Fisioterapia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Fisioterapia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: A Disfunção Temporomandibular (DTM) pode ser definida como um conjunto de manifestações clínicas de má função mandibular, associadas ou não à dor, que são geradas por agentes agressores à integridade morfológica ou funcional do sistema temporomandibular. A abordagem de tratamento é multidisciplinar. Dentre os profissionais em destaque estão o bucomaxilo, o fisioterapeuta, o psicólogo, o cirurgião-dentista e o fonoaudiólogo. Devido à sua complexa etiologia, a avaliação do paciente é dividida nas diferentes áreas a fim de unir conhecimentos para um diagnóstico preciso e traçar um tratamento efetivo. Dessa forma, é trabalhada a saúde integral do indivíduo.O objetivo do fisioterapeuta é eliminar a dor orofacial, que reduz a qualidade de vida dos
prejudicados pela DTM. A fisioterapia dispõe de variados métodos terapêuticos, o que facilita o encaixe do tratamento de acordo com a necessidade do paciente. Dentre os recursos fisioterapêuticos, destaca-se a terapia manual devido à sua relevante resposta ao tratamento e baixo custo, além de ser confortável para a maioria dos pacientes. OBJETIVOS: Avaliar o impacto da fisioterapia na melhora da qualidade de vida em portadores de DTM. MATERIAIS E MÉTODO: Pesquisa aprovada pelo CEP, CAAE13813419.8.0000.0020. Participaram desse projeto 16 voluntários (11 do sexo feminino e 5 do sexo masculino), com média 33 anos (13,9) diagnosticados com DTM. Todos avaliados pela odontologia através do DC/TMD – adaptado e o questionário SF-36, no início e ao final intervenção e periodicamente com a EVA pela fisioterapia. A frequência do tratamento foi de 1 a 2 vezes na semana com duração de 50 minutos. O Critério de alta era EVA 0 em 3 atendimentos consecutivos. RESULTADOS: Na análise dos resultados inicial e final do SF36 não mostrou diferença estatística, p= 0,3, porém todos os domínios mantiveram ou melhoraram suas pontuações, destacando a dor e limitações dos aspectos funcionais. Na EVA houve diferença significativa, com valor de p=0,004. Com relação a maior incidência de DTMs no sexo feminino, a amostra corrobora com os dados da literatura tendo 70% do sexo feminino contra 30% do masculino. Com relação a melhora da mobilidade, houve ganho médio na abertura da boca inicial de 39 para 41,5mm.
Destaca-se que este projeto trouxe uma grande proximidade entre a fisioterapia e a odontologia referente ao tratamento das DTMs.
Criou-se um fluxo de pacientes avaliados na odontologia e encaminhados para a fisioterapia utilizando como parâmetro de elegibilidade ao tratamento a ficha de avaliação adaptada para esse projeto (DC/TMD adaptado).
Também foi criado a ambulatório de fisioterapia bucomaxilofacial com atendimento aos pacientes com qualquer disfunção que englobe cabeça e pescoço. Concomitante ao desenvolvimento de um projeto de extensão envolvendo o ambulatório da fisioterapia e os estudantes de odontologia para um tratamento multidisciplinar aos pacientes.
Para os estudantes de fisioterapia houve a proposta da disciplina eletiva de Clínica avançada em fisioterapia bucomaxilofacial, que já está em andamento desde agosto/2024.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: A intervenção fisioterapêutica através da terapia manual se mostrou eficaz no manejo do sintoma doloroso das DTMs, porém, para esse grupo estudado, não interveio significativamente na melhora da qualidade de vida.

PALAVRAS-CHAVE: Disfunção temporomandibular; Fisioterapia; Terapia manual; Dor orofacial.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.