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VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS DO SEXO FEMININO E COVID-19: PREVALÊNCIA DE LESÕES CORPORAIS ENTRE OS ANOS DE 2019, 2020 E 2021 EM CURITIBA-PR

LUZ, Anna Paula Ramires ¹; RODRIGUES, Ádelin Olivia Lopes Joly ³; WERNECK, Renata Iani ²
Curso do(a) Estudante: Odontologia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Odontologia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: A violência física contra crianças envolve o uso intencional de força que causa dor e sofrimento, sendo frequentemente vista como uma forma de autoridade parental para exigir obediência. Esse tipo de violência pode ser acompanhado por abusos psicológicos, sexuais, negligência e abandono. A pandemia de COVID-19 intensificou a violência doméstica devido ao confinamento prolongado, aumentando o risco de agressão física e emocional para as crianças. Essa violência impacta gravemente o desenvolvimento físico, emocional e social da criança, comprometendo seu desempenho escolar e habilidades sociais. OBJETIVOS: O objetivo geral desta pesquisa foi analisar a prevalência de lesões corporais que ocorrem em crianças do sexo feminino durante a pandemia do Covid-19 por meio de relatos e laudos que foram coletados no Instituto Médico Legal da cidade de Curitiba-PR no ano de 2021. MATERIAIS E MÉTODO: Pesquisa retrospectiva de análise de dados secundários dos laudos de corpo de delito realizados no Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba, abrangendo casos de lesões por violência corporal contra mulheres, adolescentes e crianças nos primeiros semestres de 2019 a 2021. Foram incluídos registros de exames de lesão corporal em crianças na Clínica Médico-Legal do IML de Curitiba nesse período. Os dados foram coletados via formulário eletrônico no Qualtrics, incluindo variáveis como dados de exame, origem da solicitação, idade, etnia, estado civil, histórico de agressão e tipo e local das lesões. RESULTADOS: Os resultados mostram que em 2019 houve o maior número de lesões, com uma queda significativa em 2020 devido às restrições da pandemia de COVID-19, e um aumento em 2021. Lesões são mais frequentes na cabeça e membros superiores, com equimoses e abrasões sendo as mais comuns. Crianças de 17 anos apresentam o maior número de lesões. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Durante a pandemia de COVID-19, a violência contra crianças aumentou, sendo a cabeça e os membros superiores as áreas mais afetadas. O isolamento social e a dificuldade de acesso a serviços de saúde agravaram a situação, revelando a necessidade urgente de fortalecer os mecanismos de proteção infantil.

PALAVRAS-CHAVE: Palavras-chave: 1. Violência infantil; 2. Pandemia COVID-19; 3. Lesões corporais; 4. Isolamento social; 5 Agressão.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.