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ADEQUAÇÃO DE NECESSIDADES DE MACRO E MICRONUTRIENTES DE PACIENTES EM NUTRIÇÃO ENTERAL

RODRIGUES, Gabriela Lorena Mateus ¹; MORIMOTO, Ivone Mayumi Ikeda ²
Curso do(a) Estudante: Nutrição – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Nutrição – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: Pacientes em estado crítico apresentam concentrações elevadas de glucagon, catecolaminas e cortisol nos estágios iniciais da doença, o que leva ao hipermetabolismo e à resistência anabólica. Um suprimento adequado de calorias e proteínas pode ajudar a reduzir a mortalidade e as taxas de infecção, melhorar a cicatrização, reduzir tempo de ventilação mecânica e de permanência na unidade de terapia intensiva. OBJETIVOS: O estudo teve como objetivo avaliar a adequação de macro e micronutrientes de pacientes em nutrição enteral na UTI de hospital universitário da cidade de Curitiba – Pr. MATERIAIS E MÉTODO: Trata-se de um estudo retrospectivo, longitudinal de caráter quantitativo, com amostra de 42 pacientes em nutrição enteral exclusiva, internados na UTI de um hospital especializado em trauma, nos meses de junho e julho de 2023. Foram incluídos pacientes maiores de 20 anos, recebendo nutrição enteral por pelo menos três dias. Foram excluídos pacientes em pós-operatório imediato e/ou que estivessem em dieta zero por quaisquer motivos no decorrer do estudo. Aspectos clínicos, antropométricos, via de acesso, tipo de dieta e adequação calórica e proteica foram analisados. Os dados foram coletados de prontuários eletrônicos e fichas de controle dos profissionais de nutrição do hospital e a análise descritiva foi realizada utilizando-se o programa Microsoft Excell®. RESULTADOS: A amostra foi composta por 42 pacientes, predominando o sexo masculino (73,8%). A maioria dos internamentos foi por motivos cirúrgicos (76,2%). A sonda nasoenteral foi a via de acesso mais utilizada (52,4%), seguida da sonda nasogástrica (SNG) (47,6%). A hipertensão arterial sistêmica foi a comorbidade mais frequente (28,6%), seguida por diabetes mellitus (9,5%). Em termos de desfecho clínico, 52,4% dos pacientes evoluíram para óbito. O estado nutricional, avaliado pelo IMC, indicou que 47,6% dos pacientes estavam com sobrepeso. Apenas 42% das necessidades calóricas e 44% da proteína prescrita foram alcançadas nas primeiras 72h de administração da nutrição enteral. Observou-se que 85% não atingiram a meta proposta em até 3 dias de TNE. No mesmo período, 95,1% não atingiram a meta proteica estabelecida. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Estudos prévios em outras unidades de terapia intensiva também têm relatado dificuldades na implementação da nutrição enteral ideal em pacientes críticos, especialmente nos estágios iniciais da internação, devido a fatores como instabilidade hemodinâmica, interrupções da infusão por complicações gastrointestinais e adaptação gradual do paciente à dieta. Estratégias como uso de fórmulas de maior densidade proteico-calórica, controle rigoroso do gotejamento, da velocidade de infusão e prevenção e tratamento de intercorrências têm sido sugeridas visando melhoria do fornecimento de nutrientes a esses pacientes.

PALAVRAS-CHAVE: 1. Nutrição enteral; 2. Unidade terapia intensiva; 3. Necessidades nutricionais.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.