ESTRUTURA DO ESTRATO ARBÓREO DE UMA ÁREA DA FLORESTA ESTADUAL DO PALMITO
INTRODUÇÃO: A hidrologia local desempenha um papel de extrema importância no funcionamento dos ecossistemas florestais, especialmente nas florestas tropicais que oferecem uma gama de serviços ambientais essenciais para o ecossistema local. A variação na profundidade do lençol freático desempenha um papel crítico na determinação do conjunto florístico que se estabelece em diferentes micro-habitat da restinga, um ecossistema costeiro singular. OBJETIVOS: Descrever a estrutura da comunidade de espécies de arbóreas ocorrentes em uma área de Floresta Ombrófila de Terras Baixas, contribuir com conhecimento, treinar coleta, fornecer subsídios e observar espécies endêmicas e novas. MATERIAIS E MÉTODO: Foi realizado amostragem de duas áreas no Parque Estadual do palmito, com 30 parcelas de 10m por 10m (3000m²) e processando os dados com Software R, Past, AMADO e CorelDRAW. RESULTADOS: O lençol freático possui cerca de 100cm de diferença entre as áreas. Pelo perfil das áreas e gráfico de espécies, foi possível conceber que suas estruturas divergentes com relação à altura, DAP e composição de espécies. Seus Valores de Importância apresentam diversidade entre elas, como também o índice de Shannon-Weaver que apresenta alteração mostrando que a área Úmida mesmo com menos amostragem possui maior diversidade. Já o índice de Margalef representa graficamente como as áreas possuem riqueza semelhante. Em contrapartida, ao analisar utilizando NMDS com distância de Bray-Curtis é visual e estatística, pelo teste ANOSIM, que as áreas são diferentes tendo apenas a sobreposição de duas parcelas, pela presença de duas espécies não ocorrentes em outras de sua área Úmida. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os resultados apresentados indicam que, apesar da proximidade de apenas 100 metros de distância, e do número semelhante de espécies nas áreas seca e úmida, há diferenças significativas em termos de composição, diversidade e estrutura.
PALAVRAS-CHAVE: 1. Biodiversidade; 2. Hotspot; 3. Lençol freático; 4. Mata Atlântica; 5. Restinga