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QUALIDADE DE VIDA EM PESSOAS COM DIABETES MELITTUS TIPO 2

DRESCH, Ana Laura Trevizan ¹; FARIA, Ana Cristina Ravazzani De Almeida ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: O Diabetes Mellitus tipo 2(DM2) é uma doença metabólica crônica multifatorial caracterizada pela hiperglicemia persistente. O tratamento com mudanças de estilo de vida e medicamentos impacta na qualidade de vida (QV), o que pode prevenir complicações agudas e crônicas. A QV dos pacientes impacta diretamente no autocuidado, dificultando o controle da doença e contribuindo para o desenvolvimento de complicações. OBJETIVOS: Analisar a qualidade de vida de pacientes com DM2 nos ambulatórios acadêmicos do Hospital Universitário Cajuru, relacionando os escores de QV com idade, gênero, estado civil, tempo de DM, presença de complicações crônicas, tipo de tratamento, valor de HbA1c. Comparar os resultados com a qualidade de vida com o de pacientes com DM1. MATERIAIS E MÉTODO: Este estudo observacional transversal, incluiu pacientes adultos com DM2 que comparecerem às consultas no ambulatório acadêmico do Hospital Universitário Cajuru entre agosto de 2023 e abril de 2024. Foi aplicado o DQOL- Brasil, questionário tem 44 perguntas com respostas de 1 a 5 agrupadas em 4 domínios, onde quanto menor o escore, melhor é a qualidade de vida. Os dados da hemoglobina glicada, tempo de doença, tipo de diabetes mellitus, terapia utilizada para tratamento do diabetes mellitus e presença das complicações da doença (retinopatia diabética e nefropatia diabética) foram coletados a partir do prontuário eletrônico. Os dados foram analisados com o programa SPSS Statistics v.29.0.0. Para analisar a associação dos escores dos domínios DQOL-Brasil com variáveis categóricas foi usado o teste não-paramétrico de Mann-Whitney. Variáveis com mais de duas classificações foram analisadas com o teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis e o teste post-hoc de Dunn. Para a análise de correlação entre os escores e variáveis quantitativas foram estimados coeficientes de correlação de Spearman. Valores de p<0,05 indicaram significância estatística. RESULTADOS: A amostra foi composta de 72 pacientes. A média do escore geral de QV foi de 2,1. O domínio de preocupações socio vocacionais teve o melhor escore (1,2) e o domínio de preocupações relacionadas ao DM obteve a pior QV (2,4). Os escores de QV entre as mulheres foi pior em todos os domínios e no geral em comparação com os homens. Não correlação entre QV e estado civil, tempo de diabetes e idade. Pacientes mais jovens ao diagnóstico tiveram pior QV e pacientes com menores níveis de HbA1c mostraram melhores escores, mas essas associações só ocorrem no domínio preocupações socio vocacionais. A retinopatia teve correlação com QV apenas no domínio preocupações socio vocacionais. Pacientes em uso de insulina obtiveram pior QV do que os que utilizavam antidiabéticos orais no escore geral e nos domínios de satisfação, preocupações socio vocacionais e preocupações com DM. Na comparação dos resultados entre DM1 e DM2, houve pior QV entre os pacientes com DM1 no domínio preocupações socio vocacionais. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O estudo evidenciou que a qualidade de vida é pior em mulheres, em pacientes mais jovens no momento do diagnóstico e em usuários de insulina. Melhores escores de QV foram evidenciados em pacientes com melhor controle glicêmico e com DM 2.

PALAVRAS-CHAVE: 1. Qualidade de vida; 2. Diabetes Mellitus; 3. Diabetes Mellitus tipo 2; 4. DQOL-Brasil

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.