A COLONIALIDADE DO GÊNERO EM RELAÇÃO ÀS MULHERES DO SUL GLOBAL

INTRODUÇÃO: Introdução. A colonização europeia na América Latina é frequentemente ensinada de maneira superficial nas escolas, sem abordar adequadamente suas motivações geopolíticas e o impacto duradouro da colonialidade. Este sistema de dominação não se encerrou com a independência, perpetuando desigualdades e influenciando a estrutura sociopolítica e econômica atual. O estudo de conceitos como a colonialidade do poder e o feminismo decolonial é essencial para compreender e superar esses legados históricos. OBJETIVOS: Objetivos. A presente pesquisa visa compreender o papel do gênero nas relações de subordinação sob o contexto colonialista, explorando um discurso feminista decolonial. Os objetivos incluem identificar as características dos feminismos decoloniais, destacar suas propostas de resistência e analisar como os movimentos de mulheres no Sul Global confrontam a subordinação de gênero dentro do desenvolvimento econômico regional. MATERIAIS E MÉTODO: Materiais e Métodos. Esta pesquisa adota a técnica de pesquisa bibliográfica para explorar o feminismo decolonial, analisando criticamente textos em espanhol, francês e inglês publicados desde os anos 2000. A análise crítica e o método dedutivo são fundamentais para examinar as estruturas de poder e as interconexões sistêmicas envolvidas. Foram utilizados fichamentos para organizar o material coletado, facilitando a escrita dos relatórios parcial e final da pesquisa. RESULTADOS: Resultados. Este relatório aborda o feminismo decolonial na América Latina, enfocando críticas à colonialidade e destacando termos como “Abya Yala” para descolonização conceitual. Discute-se a interseccionalidade entre gênero, raça e classe, exemplificada por movimentos como “Ele Não” no Brasil e protestos liderados por Las Tesis no Chile. Os Encontros Feministas da América Latina e do Caribe são essenciais para fortalecer movimentos regionais e desafiar perspectivas eurocêntricas, promovendo direitos humanos e resistência contra opressões sistêmicas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclusão. O relatório destaca a importância do feminismo decolonial como uma ferramenta teórica e prática para enfrentar as heranças coloniais e as estruturas de dominação. Ele enfatiza a necessidade da interseccionalidade, considerando as diversas realidades das mulheres afetadas pela colonialidade, especialmente na América Latina. O feminismo decolonial propõe a inclusão de mulheres de diferentes contextos, desafiando o feminismo homogêneo e liberal, e promovendo movimentos de resistência e eventos como os Encontros Feministas da América Latina e do Caribe para adaptar estratégias locais e desafiar interpretações impostas pelo Norte Global.

PALAVRAS-CHAVE: Decolonialidade; Sul global; Gênero; Movimentos sociais; Feminismo decolonial.