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EDUCAÇÃO E LIBERTAÇÃO: ENTRE NIETZSCHE E PAULO FREIRE

FALKIEVICZ, César Augusto Jacob ¹; OLIVEIRA, Jelson Roberto De ²
Curso do(a) Estudante: Licenciatura Em Filosofia – Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Filosofia – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: O tema da educação ocupa lugar especial nos escritos de Friedrich Nietzsche, destacando-se os textos que foram escritos já na sua primeira fase (até 1876), precisamente quando ele era professor em Basileia. Para ele, a sociedade de seu tempo não valorizada de forma adequada a educação e esse era um dos motivos da crise da cultura de seu tempo. Por isso, para o filósofo, a educação tinha papel importante na renovação da cultura. OBJETIVOS: Analisar a visão de Nietzsche sobre a educação, autoeducação e autolibertação. Entender como esse modelo de educação está fundado sobre a ideia de autolibertação do indivíduo MATERIAIS E MÉTODO: Material principal para o estudo da educação libertadora em Nietzsche principal é os “Escritos sobre a educação” (1872), da qual são as conferências e duas intempestivas: Sobre o futuros dos nossos estabelecimentos de sinos e Schopenhauer educador da qual a obra em questão contem uma apresentação de Noéli Correia de Melo Sobrinho que analisa a obra por meio do método hermenêutico, que tem como objetivo analisar o projeto de renovação cultural que Nietzsche proprio e da ideia de autoeducação e autolibertação que contem nessa obra. O método hermenêutico, por sua vez, tem uma abordagem filosófica que se concentra na interpretação dos textos e na compreensão dos seus significados. A partir desse método, podemos compreender o pensamento de Nietzsche e de sua pedagogia. RESULTADOS: Partindo de uma percepção de um novo projeto pedagógico e de uma renovação cultural na Alemanha e de uma “alta cultura” que vem e uma autoeducação e autolibertação do homem, com várias críticas aos estabelecimentos de ensino da Alemanha, tanto em questões de como o racionalismo científico extremo estava chegando, e de como degeneração da língua que a cultura jornalística estava causando a mesma, com a perda da forma de educação pela língua e a língua apenas se tornando um meio banal para outro fim. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O modelo de educação proposto por Nietzsche, tanto no primeiro momento da produção filosófica (aquela associada a Schopenhauer) quanto na segunda fase (aquela ligada ao projeto de uma filosofia histórica), está fundada sobre o cultivo do indivíduo. Tal cultivo está ligado à valorização da solidão por parte de Nietzsche, como uma alternativa ao processo de massificação da cultura na modernidade. No aforismo 443 de O Andarilho e sua sombra (segundo volume de Humano, demasiado humano), intitulado Sobre a educação, o filósofo faz referência a essa questão: “Paulatinamente esclareceu-se para mim, a mais comum deficiência de nosso tipo de formação e educação: ninguém aprende, ninguém aspira, ninguém ensina – a suportar a solidão” (A, 443). O texto sugere que a solidão é único caminho viável para a educação quando essa é dissociada da obrigação de formação de quadros para o mundo do mercado ou para a burocracia estatal. Mas há um outro elemento importante nessa passagem: a solidão deve ser suportada, ou seja, ela é algo pesado, que exige paciência, persistência, rigor, disciplina e trabalho.

PALAVRAS-CHAVE: Nietzsche; educação; renovação cultural; autolibertação.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.