AS RELAÇÕES ENTRE BRASIL E CHINA DURANTE O REGIME MILITAR (1964-1985)
INTRODUÇÃO: Este artigo trata das relações diplomáticas entre Brasil e China no período da ditadura militar brasileira (1964-85), trazendo um histórico dos dois países em questão antes da aproximação entre eles. Esse assunto é de grande relevância para o entendimento de como, atualmente, a China se tornou o maior parceiro comercial do Brasil, o que se comprova pela existência de muita literatura acadêmica sobre o tema. OBJETIVOS: Adotando a metodologia da teoria das forças profundas de Pierre Renouvin e Jean-Baptiste Duroselle, além de Cristina Pecequilo, foi possível verificar que a relação criada por ambos os países foi caracterizada por uma tentativa de sobrevivência mútua no contexto da Guerra Fria. MATERIAIS E MÉTODO: Para tanto, foi realizado um levantamento bibliográfico de artigos publicados sobre o tema e de obras a respeito dessas relações, como Cervo e Bueno (2008), Fairbank (2006), Fausto (2013), Hobsbawm (1995), Napolitano (2020), Visentini (1998) e Wood (2022). RESULTADOS: Verificou-se que anteriormente à ditadura militar brasileira, havia somente relações comerciais entre os países estudados, o que se manteve entre 1964-1974. A partir desse ano, com a retomada da política pragmática pelo Brasil pelo governo Geisel, que buscou trazer novos parceiros comerciais, que não as potências ocidentais; e queda da Revolução Cultural chinesa que assolou toda sociedade chinesa, assim veio o declínio de Mao Zedong, perdendo força no governo e ascendendo Deng Xiaoping aos poucos, o que possibilitou uma verdadeira revolução econômica e social na China. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Nesse cenário iniciaram-se as tratativas para a criação de relações diplomáticas entre Brasil e China, pois havia interesse de ambas as partes. Isso desenvolveu as relações comerciais entre os países e implicou o desenvolvimento econômico-social de ambos.
PALAVRAS-CHAVE: Relações Internacionais; Regime Militar Brasileiro; Relações Sino-Brasileiras; Política Exterior Brasileira.