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ASSOCIAÇÃO ENTRE MARCADORES BIOQUÍMICOS, GRAVIDADE E COMPLICAÇÕES DA PRÉ ECLÂMPSIA: UMA REVISÃO SISTEMÁSTICA

LEGNANI, Carolina Kertelt ¹; PACHNICKI, Jan Pawel Andrade ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: A pré-eclâmpsia (PE) é uma condição obstétrica séria que afeta 5-8% das gestantes no Brasil, contribuindo para 14,4% das mortes maternas no país. Caracterizada por hipertensão arterial e proteinúria após a 20a semana de gestação, sua fisiopatologia envolve processos inflamatórios e alterações endoteliais, imunológicas e de coagulação. Estudos investigam marcadores bioquímicos como ferramentas para prever a gravidade da PE e o risco de complicações, destacando-se a proteína C reativa (PCR) e o fibrinogênio. OBJETIVOS: Revisar sistematicamente a literatura e verificar associação entre marcadores bioquímicos e severidade da PE. MATERIAIS E MÉTODO: Foi realizada uma revisão sistemática seguindo as recomendações da PRISMA. As buscas foram realizadas nas bases PubMed/MEDLINE, Scielo e Web of Science, cobrindo o período de janeiro de 2013 a janeiro de 2024. O estudo foi registrado no Open Science Framework com o título “Association between biochemical markers, severities and complications of pre- eclampsia: a systematic review”. Foram incluídos estudos transversais, longitudinais e experimentais, publicados em português, inglês e espanhol, excluindo-se revisões sistemáticas e estudos fora do período delimitado. RESULTADOS: As buscas e a seleção e leitura dos artigos foram feitas por dois pesquisadores de forma independente, utilizando a ferramenta RAAYN® para blindagem dos estudos. Foram localizados 1.831 artigos, após leitura dos títulos, foram excluídos 1.821 (duplicados e estudos irrelevantes), restaram 10 para a leitura do resumos, dos quais 10 foram selecionados para leitura na íntegra. Três estudos foram incluídos na revisão final, abrangendo gestantes egípcias, indianas e turcas, com amostras variando de 120 a 270 participantes, sendo analisado parâmetros clínico (aferição de pressão arterial) e parâmetros ultrassonográficos (perfil biofísico fetal, índice de resistência de artéria cerebral médica, etc.) e bioquímicos (PCR, ácido úrico, etc.). Todos os artigos avaliados identificaram associação estatística entre PCR e severidade da PE. Os estudos incluídos indicam que níveis elevados de PCR estão significativamente associados à gravidade da PE. Embora a associação entre PCR e gravidade da PE seja evidente, a literatura carece de estudos prospectivos mais abrangentes. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Esta revisão não identificou nenhum estudo publicado no Brasil, e que há uma carência de estudos que abordem essa temática em outros contextos socioculturais, destacando a necessidade de pesquisas futuras para aprofundar o entendimento da utilidade clínica dos marcadores bioquímicos na predição de desfechos adversos em PE, contribuindo para a elaboração de estratégias mais eficazes de manejo e redução da morbimortalidade associada a essa condição clínica.

PALAVRAS-CHAVE: Pré-eclâmpsia; Proteína C reativa; Severidade da doença; Síndrome HELLP.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.