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ANÁLISE DO ENSINO DA ÉTICA EM ESCOLAS DE MEDICINA E SEU IMPACTO NA RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE

ALVES, Júlia Caldas ¹; NASR, Adonis ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: A ética médica é um conjunto de normas que orientam a conduta dos médicos, definindo direitos e deveres para a promoção da saúde, prevenção de doenças e tratamento dos doentes. O Código de Ética Médica regula essas práticas, garantindo a responsabilização por infrações e promovendo a equidade entre os profissionais. No Brasil, em 1975, o Conselho Federal de Medicina tornou obrigatório o ensino da Ética Médica dentro das universidades. Esse ensino prepara os futuros médicos para enfrentar dilemas éticos e tomar decisões baseadas em princípios como autonomia, justiça, não maleficência e beneficência. Na era pós-moderna, o uso de tecnologias e redes sociais apresenta novos desafios éticos, ressaltando a importância da ética no ambiente hospitalar e na relação médico-paciente, além de seu ensino continuado. OBJETIVOS: Analisar o entendimento e a aplicabilidade dos estudantes de medicina em relação a ética médica ensinada nas Escolas de Medicina, principalmente no que se diz respeito ao uso das mídias sociais no âmbito profissional MATERIAIS E MÉTODO: Estudo transversal qualitativo-quantitativo cujos dados foram coletados por meio de formulário online respondido por estudantes de medicina da cidade de Curitiba, Paraná, entre agosto de 2023 e abril de 2024. Houve dificuldades em atingir o N proposto para esse projeto, devido à baixa adesão dos estudantes em responder o formulário, o que pode levar a resultados não fidedignos RESULTADOS: Foram obtidas 167 respostas de estudantes de medicina de Curitiba-PR, de 5 instituições. A maioria são mulheres (113) e a idade média é de 21,9 anos. Os estudantes estão nos ciclos Básico (52,7%), Clínico (35,3%) ou Internato (12%) e praticam atividades hospitalares de 1 mês a 5 anos, variando de 0 a 60 horas semanais. Todos têm acesso à internet, usando principalmente o Instagram por cerca de 3 horas diárias. 73,7% afirmam conhecer as regras do Código de Ética Médica, mas 79,6% desconhecem a Resolução CFM 1974/11. Sobre postagens médicas em redes sociais, quase metade concorda que médicos podem divulgar imagens de pacientes com autorização. Quanto a perfis médicos, 71,8% acreditam na necessidade de perfis separados para fins profissionais e pessoais. A maioria (95,8%) vê benefícios em publicações de saúde nas redes sociais do médico. Já fotos pessoais em festas com bebidas alcoólicas são vistas como prejudiciais para a reputação profissional pela maioria dos estudantes. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A pesquisa revelou que, embora a maioria dos estudantes tenha conhecimento básico das regras éticas, há uma lacuna significativa na aplicação prática, especialmente em relação à publicidade médica e ao uso das redes sociais. A análise destacou a importância de um ensino ético mais robusto e atualizado nas escolas de medicina, visando preparar os futuros médicos para os desafios éticos do ambiente digital, e sugeriu a necessidade de revisão contínua das práticas educacionais e regulamentações.

PALAVRAS-CHAVE: 1. Ética médica; 2. Medicina; 3. Ensino; 4. Mídias Sociais; 5. Código de Ética.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.