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COMPARAÇÃO ENTRE O TRATAMENTO COM INSULINA INTRANASAL E O TREINAMENTO OLFATÓRIO NA RECUPERAÇÃO DOS PACIENTES COM OLFATÓRIA PERSISTENTE PÓS-COVID19

MARIN, Manuela Perri ¹; LOPES, Natália Medeiros Dias ³; FORNAZIERI, Marco Aurelio ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Câmpus Londrina – Câmpus Londrina
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Câmpus Londrina

INTRODUÇÃO: No final de 2019, um novo subtipo da família coronavírus foi identificado como causa de pneumonia em Wuhan, China. Rapidamente, o vírus se espalhou, levando a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma pandemia em março de 2020. Até julho de 2024, o vírus infectou mais de 775 milhões de pessoas e causou mais de 7 milhões de mortes. A infecção por COVID-19 tem várias manifestações, incluindo a perda olfatória persistente, que pode resultar em hiposmia (redução parcial do olfato) ou anosmia (perda total do olfato). A disfunção olfativa está associada a problemas sociais e de saúde mental. Estudos indicam que a insulina intranasal pode melhorar a sensibilidade olfativa, pois o bulbo olfatório é um local de alta concentração de receptores de insulina. OBJETIVOS: O objetivo geral do estudo é comparar a eficácia do tratamento com insulina intranasal ao treinamento olfatório na recuperação olfatória persistente pós-COVID-19. Especificamente, busca-se avaliar os resultados dos testes olfatórios após tratamento com insulina intranasal em comparação com o treinamento olfatório; Verificar melhorias objetivas através dos testes UPSIT e Olfato-Up após 10 sessões de insulina intranasal; Correlacionar a resposta à reabilitação olfatória com dados demográficos dos pacientes. MATERIAIS E MÉTODO: O estudo é longitudinal e prospectivo, envolvendo adultos com 18-60 anos com perda olfatória pós-COVID-19 há no mínimo 6 meses. Pacientes com múltiplas infecções por SARS-CoV-2, doenças nasossinusais, histórico de traumatismo craniano com sequela olfatória, e uso de glicocorticoides foram excluídos. Os participantes foram distribuídos em dois grupos: treinamento olfatório clássico e tratamento com insulina intranasal. O treinamento olfatório envolveu a exposição a odores específicos duas vezes ao dia por cinco semanas. O tratamento com insulina intranasal foi administrado em 10 sessões de 40UI de insulina NPH aplicadas nas cavidades nasais. A eficácia foi avaliada usando os testes olfatórios UPSIT, e Olfato-UP e a Escala Visual Analógica como análise subjetiva. RESULTADOS: Foram recrutados 20 pacientes, com 17 no grupo de controle e 3 no grupo de intervenção com insulina intranasal. A análise estatística revelou que, embora a pontuação média no UPSIT inicial fosse significativa, a pontuação após o tratamento não apresentou correlação significativa entre os grupos. A avaliação subjetiva da percepção olfativa mostrou melhoras significativas no grupo de controle, mas não no grupo de intervenção com insulina intranasal. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Embora o tratamento com insulina intranasal não tenha apresentado resultados estatisticamente significativos, esta terapia ainda se mostra uma opção promissora para o tratamento de desordens olfativas. Quanto ao treinamento olfatório, este apresentou melhores resultados tanto na avaliação objetiva quanto na subjetiva. Recomenda-se a realização de estudos futuros com amostras maiores para confirmar estes achados e explorar possíveis melhorias nos protocolos de tratamento com insulina intranasal.

PALAVRAS-CHAVE: 1. Hiposmia; 2. COVID-19; 3. Insulina Intranasal; 4. Insulina NPH; 5. Treinamento Olfatório.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa Fundação Araucária no programa PIBIC.