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SABERES PARA AVALIAR: UM OLHAR PARA ARTIGOS E REVISTAS PEDAGÓGICAS (1920-1960)

JUNIOR, Luiz Carlos Palu ¹; CECILIO, Waleria Adriana Goncalez ²
Curso do(a) Estudante: Matemática (Licenciatura) – Pucpr Online – Pucpr Online
Curso do(a) Orientador(a): PUCPR Online – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: Este projeto de pesquisa buscou aprofundar o entendimento sobre os saberes necessários para a avaliação da aprendizagem, destacando o papel fundamental dos profissionais de educação durante o Movimento da Escola Nova no Paraná. Além disso, o estudo enfatizou a importância desses saberes nas mudanças dos processos de ensino e aprendizagem, abordando temas como o erro e a repetência. A análise foi conduzida à luz dos princípios defendidos pelo Movimento da Escola Nova, que propõe uma abordagem inovadora e humanizada na educação. OBJETIVOS: O principal objetivo da pesquisa foi analisar os saberes avaliativos presentes nas instituições de ensino paranaenses no período de 1920 a 1960. Para isso, realizamos o levantamento, estudo e análise de revistas pedagógicas e de fontes históricas que serviram de base para os professores da época. Investigamos as dinâmicas presentes na avaliação da aprendizagem da matemática, como os erros eram percebidos pelos educadores e qual era, segundo os teóricos da época, o impacto da reprovação na aprendizagem. MATERIAIS E MÉTODO: A metodologia desta pesquisa seguiu os conceitos da história cultural (Chartier, 2002) e de apropriação (Chartier, 2003), bem como da história das disciplinas escolares (Chervel, 1990) e da cultura escolar (Julia, 2001). Para obter as fontes necessárias, consultamos diversos acervos, incluindo o Repositório do Grupo de Pesquisa de História da Educação Matemática (GHEMAT) Brasil, o acervo da Biblioteca Pública do Paraná e o acervo da Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Além disso, exploramos outros repositórios disponíveis na internet, garantindo uma ampla e diversificada base de dados para a pesquisa. Essa abordagem permitiu um aprofundamento nas análises e uma compreensão mais abrangente dos contextos históricos e culturais envolvidos. RESULTADOS: As fontes analisadas destacam a centralidade do aluno no processo educativo, a prática de testes diagnósticos, a objetividade e a importância da linguagem utilizada nas atividades e nos exames. Observou-se uma preocupação com a construção do conhecimento por meio da interação com o objeto e com conhecimentos pré-existentes, embora persista uma dependência do uso de algoritmos para minimizar erros. Os estudos mostraram que a repetência resultava em efeitos negativos para os estudantes. Alunos repetentes tendiam a desenvolver uma imagem negativa de si mesmos, sentindo-se incapazes e desmotivados em relação aos estudos. Ademais, constatou-se a defesa pela inclusão e a adoção de metodologias contemporâneas, influenciadas pelo movimento da Escola Nova, como a adoção de prática de jogos didáticos de forma a tornar o erro “um observável” para o aluno, enfatizando a importância de reconhecer a posição que o erro ocupa na construção do conhecimento. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Por meio do estudo de artigos e revistas pedagógicas, foi possível identificar as diferentes mediações, instrumentos e orientações sobre a avaliação da aprendizagem que integraram a formação de professores nas décadas de 1920 a 1960, além de explorar as discussões sobre a prática da repetência e a abordagem do erro nesse período. O estudo revelou a riqueza e complexidade das práticas avaliativas da época, evidenciando a relevância histórica dos debates sobre avaliação e metodologias pedagógicas, oferecendo subsídios para a formação de professores.

PALAVRAS-CHAVE: Movimento Escola Nova; História da Educação Matemática; Avaliação da Aprendizagem; Saberes para Avaliar; Repetência.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIC-EaD.