A DECLARAÇÃO DE ABU-DHABI SOBRE A FRATERNIDADE UNIVERSAL: LEITURA À LUZ DOS DIREITOS HUMANOS

INTRODUÇÃO: Introdução. A pesquisa examina a Declaração de Abu-Dhabi sobre a Fraternidade Humana (2019) à luz dos direitos humanos afirmados na Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) e na Declaração Islâmica Universal dos Direitos Humanos (1981). A Declaração de Abu-Dhabi foi assinada em 2019 por Para Francisco e o grão-imã Ahmed al-Tayeb, em vista da paz mundial. OBJETIVOS: Objetivos: Classificar as afirmações e propósitos da Declaração de Abu-Dhabi (2019); e examinar as correspondências entre este documento e as duas Declarações, da ONU e do Islã. MATERIAIS E MÉTODO: Materiais e método: os materiais básicos foram os textos das Declarações mencionadas, e autores qualificados que iluminaram o estudo. O método: qualitativo, de exploração bibliografia, com foco em nove subtemas: dignidade humana, justiça e paz, proteção e direitos da infância, direitos da família, direitos da mulher, direitos dos idosos, direitos da religião, educação e meio-ambiente. Os subtemas funcionaram como chave de leitura, para mapear os enunciados e suas correspondências, entre as três Declarações. RESULTADOS: Resultados: as chaves de leitura resultaram num quadro sinótico, de modo a visualizar correspondências, distinções e silêncios entre os documentos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclusão: enquanto a ONU parte da concepção universal da pessoa como sujeito de igual direitos e dignidade, o Islã parte do Alcorão, elaborando dois códigos de direitos: o familiar e o social, com distinções de gênero e papel entre homens e mulheres. As convergências são: senso de justiça, solidariedade, valor da educação e paz. A Declaração de Abu-Dhabi condena o terrorismo, convoca as religiões a promover a paz, a justiça e o cuidado ambiental.

PALAVRAS-CHAVE: Paz mundial; Diálogo inter-religioso; Cristianismo e Islã; Direitos humanos.