CORRELAÇÃO ENTRE OS ACHADOS DA ULTRASSONOGRAFIA COM/SEM DOPPLER DE OVÁRIOS E ÚTERO COM A CITOLOGIA VAGINAL DE CADELAS EM VÁRIAS FASES DO CICLO ESTRAL OU EM PROCESSOS PATOLÓGICOS

INTRODUÇÃO: O ciclo reprodutivo da cadela, conhecido como ciclo estral, compreende quatro fases distintas: proestro, estro, diestro e anestro. Esse ciclo é caracterizado por uma fase folicular, seguida de ovulação espontânea, podendo ser seguida por um período gestacional ou uma fase luteínica não gestacional. Por fim, há o período de inatividade sexual. A ultrassonografia pode fornecer informações significativas sobre o estado reprodutivo da cadela, detectando mudanças nos tecidos uterinos e ovarianos ao longo do ciclo estral devido às alterações hormonais. O exame de citologia vaginal é uma das técnicas mais comuns para acompanhar o ciclo estral da cadela, monitorando as mudanças nas células epiteliais da vagina em resposta aos hormônios. Essas categorias celulares são conhecidas como basais, parabasais, intermediárias e superficiais. Considerando as limitações de cada exame, a estimativa do ciclo estral pode ser desafiadora se baseada apenas nos resultados individuais de cada método. OBJETIVOS: Portanto, foi idealizado correlacionar os achados ultrassonográficos do aparelho reprodutor com os da citologia vaginal de cadelas, a fim de estimar a fase do ciclo estral e possíveis anomalias do útero e dos ovários. MATERIAIS E MÉTODO: Para isso, foi realizada uma avaliação de cinquenta cadelas da rotina hospitalar da CVE-PUCPR em diferentes fases do ciclo estral, coletando amostras citológicas e imagens ultrassonográficas para análise comparativa. A ultrassonografia era realizada e, logo em seguida, o material citológico era coletado, as lâminas passavam pelo processo de coloração e eram armazenadas para leitura posterior. Os dados das pacientes eram salvos em uma planilha do Microsoft Excel. RESULTADOS: A análise dos dados revelou que a ultrassonografia é eficaz na identificação das fases do ciclo estral, embora apresente dificuldades em distinguir entre folículo pré-ovulatório e corpo lúteo. A citologia vaginal também apresentou desafios, como a dificuldade de diferenciar entre proestro tardio e estro, e entre proestro e diestro precoces. Contudo, a correlação de Spearman entre os dois métodos foi de 0,817, considerada uma intensidade forte. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Foi observado que a integração da ultrassonografia com a citologia vaginal oferece uma abordagem mais abrangente e assertiva para estimar as fases do ciclo estral e detectar anomalias reprodutivas em cadelas.

PALAVRAS-CHAVE: Palavras-chave: 1. Ciclo estral; 2. Cadelas; 3. Ultrassonografia; 4. Citologia vaginal; 5 Teriogenologia.