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EXECUÇÃO IMIPRAMINA – ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO COMPARANDO O DESFECHO NO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DA BEXIGA HIPERATIVA COM O USO DE OXIBUTININA E IMIPRAMINA

FURTOSO, Bruno ¹; SILVEIRA, Simone Dos Reis Brandao Da ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: A Bexiga Hiperativa (BH) é uma doença crônica e seus sintomas de armazenamento urinário têm sido associados à hiperatividade e contrações involuntárias do músculo detrusor da bexiga, tendo efeitos físicos, emocionais e financeiros significativos, ressaltando a importância do tratamento eficaz dessa população. Dessa forma, os antidepressivos tricíclicos, representados pela imipramina, têm sido apontados como uma opção importante para o tratamento da BH, associado a menores efeitos colaterais. OBJETIVOS: O objetivo primário é avaliar o resultado da terapia e adesão ao tratamento medicamentoso da BH com a imipramina, na dose máxima de 50 mg, avaliando também o impacto na qualidade de vida, presença de efeitos colaterais e satisfação dos pacientes MATERIAIS E MÉTODO: O estudo é um braço do “Ensaio Clínico randomizado comparando o desfecho no tratamento medicamentoso da Bexiga Hiperativa com o uso de Oxibutinina e Imipramina”, que consiste em um ensaio clínico randomizado, comparativo de participantes incluídos no tratamento medicamentoso para incontinência urinária de urgência ou mista. Os critérios de inclusão são pacientes dos ambulatórios de ginecologia da Santa Casa de Curitiba que possuem o diagnóstico clínico de bexiga hiperativa ou incontinência urinária mista. Os critérios de exclusão foram a presença de tratamento prévio com antidepressivos ou tratamento farmacológico de incontinência urinária nos últimos 6 meses, presença de prolapso vaginal (estágio 3 ou 4), glaucoma de ângulo fechado, demência, diabetes mellitus, restrição de movimentação ou estado cardiovascular instável. A população incluída passou por uma randomização inicial que apontou para um dos braços do estudo. Portanto, a população avaliada neste projeto é apenas o grupo randomizado para o uso de imipramina na dose alvo de 50 mg diariamente. Cada paciente elegível teve uma avaliação inicial, sendo aplicado um questionário para coleta de dados e o questionário de qualidade de vida King’s Health Questionnaire (KHQ). Após o início da intervenção, foram realizadas reavaliações semanais com aplicação do KHQ para observar os impactos da intervenção na qualidade de vida, além da avaliação da aderência ao tratamento, efeitos colaterais e satisfação da população. RESULTADOS: Entre os meses de junho e julho de 2024, obteve-se um espaço amostral de 5 pacientes para o estudo principal, sendo então incluídos apenas 3 pacientes para a intervenção com imipramina, obtendo uma média de idade de 54,33 anos. Nesse tamanho amostral, foi observada uma queda mais relevante a partir de duas semanas de intervenção, com redução de 58,33% no escore da escala de sintomas quando comparado com a primeira semana, enquanto houve apenas uma queda de 26,52% quando comparado uma semana com a primeira consulta. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Visto que o espaço amostral ainda é reduzido, é possível concluir que há a necessidade de uma população maior para uma análise estatística mais enriquecida, obtendo uma resposta mais fiel à intervenção realizada. No entanto, é importante corroborar que a imipramina é uma droga de baixo custo e que tem se mostrado eficaz no tratamento de bexiga hiperativa nas intervenções analisadas até o momento da pesquisa.

PALAVRAS-CHAVE: 1. Incontinência urinária de urgência; 2. Bexiga hiperativa; 3. imipramina; 4. Incontinência urinária mista; 5. Qualidade de vida.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.