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O USO DE ALUCINÓGENOS NA FORMAÇÃO DO XAMÃ

FREITAS, Lara Beatriz Ferreira De ¹; RADVANSKEI, Iziquel Antonio ²
Curso do(a) Estudante: Direito – Escola de Direito – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Filosofia – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: Esta pesquisa se dedica a explorar uma função social e cultural relevante, investigando a relação entre o perspectivismo e o uso de alucinógenos na formação do xamã. Por meio desse estudo, é possível compreender como a relação entre humanos, animais e a natureza é vista pelos povos ameríndios e como essa perspectiva é incorporada nos rituais xamânicos. OBJETIVOS: Objetiva-se investigar a formação do xamã e os processos envolvidos na sua iniciação. Além de compreender o papel dos alucinógenos no xamanismo, com base nos estudos do perspectivismo, conceito proposto por Castro (1996). Somado a isso, busca-se explorar alguns mitos e rituais que cercam a figura do xamã e os poderes a ele atribuídos, bem como as diferentes técnicas utilizadas para se conectar com o mundo espiritual. MATERIAIS E MÉTODO: Os métodos utilizados foram: leitura e fichamento de textos, elaboração do relatório parcial e final. Os materiais manuseados foram livros e artigos pautados nos autores Castro (1996), Lira (2018), Castro (2017),Caux (2017), Heurich (2017), Eliade (1998) Barcelos Neto (2019). RESULTADOS: Descobriu-se, ao investigar a formação do xamã e os processos envolvidos em sua iniciação, a relevância do desenvolvimento dos estudos sobre o xamanismo, que ressignificaram a percepção ocidental sobre a natureza, os animais e os espíritos. Percebeu-se que existem diversas espécies de xamanismo que possuem pontos ideológicos e culturais paralelos e divergentes. Reconheceu-se que na Sibéria e no Nordeste da Ásia para se tornar xamã é preciso ser selecionado e reconhecido. Identificou-se que a teoria do perspectivismo de Castro (1996) destaca uma forma diferente desses povos originários entenderem as noções de pessoa. Explicou-se que o tabaco e as outras chamadas “plantas do poder” compõem um dos fenômenos cosmológicos e terapêuticos que possibilitam os pajés entrarem no estado de êxtase. Constatou-se que as etnias do Alto Xingu consomem o cigarro desse alucinógeno em rituais de cura e transe. Reparou-se que o tabaco não é só utilizado pelo xamã para entrar em estado de êxtase, mas também em rituais de cura. Entendeu-se que a cultura do povo Araweté usa como indicativo o modo de consumo do tabaco e os sonhos recorrentes com deuses específicos para designação do xamã. Aprendeu-se que essa folha de tabaco é manipulada pelos pajés Araweté para meios terapêuticos, além de ser uma forma de reanimar os mortos. Indicou-se que o ritual do canto é o canal de comunicação que os xamãs operam para trazer os deuses e as almas do cosmos para a terra e fornecer conhecimento. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Concluiu-se que essa pesquisa apresenta estudos introdutórios sobre o assunto “Uso de alucinógenos na formação do xamã”. Indicando o ponto de partida para elaboração de outros trabalhos científicos.

PALAVRAS-CHAVE: Xamã; Perspectivismo; Papel do tabaco; Etnias da América do Sul; Rituais de cura.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.