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DEXAMETASONA E VARIABILIDADE GLICÊMICA EM PACIENTES DIABÉTICOS E NÃO DIABÉTICOS INTERNADOS POR COVID-19

PERCEGONA, Clarissa ¹; PAROLIN, Salma Ali El Chab ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: A pandemia de COVID-19 trouxe à tona novos desafios no manejo de pacientes hospitalizados, especialmente aqueles com comorbidades como o diabetes mellitus (DM). A dexametasona, um corticosteroide amplamente utilizado no tratamento de COVID-19, demonstrou ser eficaz na redução da mortalidade em pacientes graves ao modular a resposta inflamatória. No entanto, seu efeito sobre a variabilidade glicêmica (VG) em pacientes com e sem diabetes ainda é um campo de investigação relevante. . OBJETIVOS: O objetivo desta pesquisa foi avaliar a interferência da dexametasona na variabilidade glicêmica de pacientes hospitalizados com COVID-19, tanto diabéticos quanto não diabéticos. MATERIAIS E MÉTODO: Para isso, foram avaliados em um estudo do tipo prospectivo, dados de pacientes (acima de 18 anos) com COVID-19 confirmada por RT-PCR e que foram internados no Hospital Marcelino Champagnat entre março/2020 e julho/2021. RESULTADOS: A variabilidade glicêmica foi avaliada através do desvio padrão (DP) e do coeficiente de variação (CV) dos níveis de glicemia. Os melhores pontos de corte identificados foram 44,7 mg/dl para o DP e 27,5% para o CV, sendo que valores acima desses limites foram indicativos de alta variabilidade glicêmica.Um total de 628 pacientes foram divididos em grupos: DP < 44.7 mg/dl (n=357) versus ≥ 44.7 mg/dl (n=271) e CV < 27.5% (n=318) versus ≥ 27.5% (n=310) CONSIDERAÇÕES FINAIS: Nossa investigação demonstra que a dexametasona está associada a um aumento na variabilidade glicêmica em pacientes com COVID-19, independentemente de serem diabéticos ou não. Contudo, esse aumento na variabilidade glicêmica não resultou em uma maior taxa de desfechos graves ou mortalidade nos grupos estudados. Esses resultados evidenciam a complexidade no controle glicêmico de pacientes críticos e a necessidade de abordagens mais precisas para o tratamento da hiperglicemia provocada por corticosteroides.

PALAVRAS-CHAVE: Palavras-chave: COVID-19; Dexametasona; Variabilidade glicêmica; Diabetes mellitus; 5 desfechos graves

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.