Logo PUCPR

ESTABELECIMENTO DE UM PROTOCOLO PARA PRODUÇÃO DE MUDAS DE EUCALYPTUS SPP POR MINIESTAQUIA UTILIZANDO BACTÉRIAS ENDOFÍTICAS

MARTINS, Mariana Cristina ¹; CABEL, Sandra Regina ²
Curso do(a) Estudante: Agronomia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Agronomia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: A área total de eucalipto plantada no Brasil, em 2023, alcançou aproximadamente 7,6 milhões de hectares, representando cerca de 76% da área total de florestas plantadas no país. A partir destes dados pode-se considerar que a utilização de mudas clonais com bom enraizamento é fator fundamental para o êxito deste segmento da Silvicultura. Com isso, este trabalho, em parceria com a Embrapa Florestas, foi motivado pela necessidade do mercado florestal de melhorar o enraizamento de miniestacas de Eucalyptus spp. para produção de mudas de qualidade. Atualmente o uso de bactérias endofíticas tem ganhado destaque na produção agrícola por se tratar de microrganismos que vivem no interior de plantas sem lhes causar malefício, do contrário, estudos indicam que elas beneficiam as plantas, auxiliando na produção de hormônios vegetais. Dentre estes, destacam-se as auxinas que na propagação vegetativa de plantas, são utilizadas para induzir o enraizamento das estacas. OBJETIVOS: O objetivo do presente trabalho foi avaliar a miniestaquia como método de propagação vegetativa para produção de mudas de clones de Eucalyptus saligna utilizando bactérias endofíticas da coleção da Embrapa Florestas, em duas épocas do ano. MATERIAIS E MÉTODO: Foram utilizadas no total, cinco estirpes de bactérias endofíticas, da coleção da Embrapa Florestas, para inocular as miniestacas em duas épocas do ano: verão, em fevereiro (4 estirpes) e inverno, em junho (5 estirpes), representadas pelos gêneros Azospirillum sp (CNPF 1221), Pantoea sp (CNPF 23), Pseudomonas sp (CNPF 99) e Bacillus sp (CNPF 67 e 100). Após a inoculação, as miniestacas foram inseridas em substrato AgriNobre® e Carolina Soil®, em tubetes de polipropileno de 55mm3 e mantidas em casa de vegetação. Em abril de 2024 foi realizada a avaliação do experimento do verão, para as variáveis: sobrevivência (%), enraizamento (%), comprimento da maior raiz (cm), massa fresca e massa seca das raízes (g). RESULTADOS: O tratamento com a estirpe CNPF1221 mostrou-se o mais eficiente para as variáveis média de enraizamento (100%), comprimento da maior raiz (14,27cm), além da massa fresca e seca das raízes (respectivamente 0,187 e 0,041g) em relação aos outros tratamentos. Para o experimento de inverno, após 35 dias, em casa de vegetação, em julho de 2024, foram avaliadas as variáveis média de sobrevivência (%), enraizamento, com emissão dos primórdios radiciais (%PR) e uma avaliação qualitativa para a parte aérea. Do mesmo modo, o tratamento com a estirpe CNPF 1221 apresentou os melhores resultados com 100% de sobrevivência e com relação ao enraizamento, com emissão de PR em 70% das miniestacas quando comparado aos demais tratamentos. Para a variável qualidade da parte aérea, onde foram atribuídas notas, as estirpes CNPF 1221 e 67 não apresentaram diferença (112 e 110, respectivamente). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com isso, pode-se concluir que as bactéria endofíticas podem influenciar no enraizamento de Eucalyptus saligna, demonstrando que há uma especificidade entre os genótipos testados. Apesar dos experimentos apresentarem diferenças com relação ao número de estirpes testadas e no tempo de permanência em casa de vegetação, pode-se considerar que o tratamento com estirpe CNPF 1221 apresentou os melhores resultados.

PALAVRAS-CHAVE: 1.Eucalipto; 2.propagação clonal; 3.estaquia; 4.enraizamento; 5 .bioinsumos.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa Fundação Araucária no programa PIBIC.