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ANÁLISE DA SENSIBILIDADE E ESPECIFICIDADE DAS MEDIDAS DE COMPRIMENTO PARA A ESTIMATIVA DA ALTURA EM CRIANÇAS PRÉVIAMENTE HÍGIDAS

MORIMOTO, Eduardo Eiki ¹; PASSOS, Pedro Henrique Vicari ³; GURMINI, Jocemara ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: O conhecimento da estatura de pacientes pediátricos é essencial na prática clínica, pois possibilita o conhecimento do índice de massa corporal e cálculo de posologia de medicações. Entretanto, há situações em que não é possível a aferição no método tradicional. Assim, torna-se importante a utilização das fórmulas de estimativa de estatura. OBJETIVOS: Analisar a sensibilidade e especificidade das fórmulas de medidas de comprimento conhecidos na literatura para estimativa da altura em crianças previamente hígidas. MATERIAIS E MÉTODO: Estudo transversal que analisou pacientes com idades entre 2 a 12 anos de setembro de 2023 até março de 2024 em um hospital pediátrico brasileiro em Curitiba, Paraná. Foram incluídos pacientes previamente saudáveis de acordo com seus prontuários médicos e sem sinais de gravidade. Foram excluídos indivíduos com histórico de doenças e medicamentos que prejudicam o crescimento, contraturas articulares e musculares, ou fraturas. A participação foi confirmada pela assinatura do termo de consentimento informado pelo responsável. Um pesquisador foi treinado previamente para padronizar as medições. A altura foi medida usando um estadiômetro portátil, com a cabeça posicionada no plano de Frankfurt com os calcanhares no chão e encostados na parede. A metodologia descrita por Gauld et al., (2003) foi utilizada para a medição da ulna (CU) e do comprimento do antebraço (CA) usando um paquímetro ósseo. Foram aplicadas as fórmulas descritas por Gauld et al., (2003) para CU, por Synder et al., (1975) para CA e por Stevenson (1995) para a altura do joelho (AJ), utilizando o antropômetro. O software IBM SPSS Statistics®, versão 29.0, foi usado para analisar a correlação de Pearson entre altura real (AR) e altura estimada pela ulna (AEU), antebraço (AEA) e joelho (AEJ). A curva ROC foi utilizada para discriminar a medida de segmento mais eficaz para estimativa da altura. Foram criados os gráficos de Bland-Altman para melhor visualização. O nível de significância estatística foi estabelecido em 5%. RESULTADOS: A amostra consistiu em 49 crianças com idade média de 6,07 anos e desvio padrão (DP) de 2,83 anos (variando de 2,08 a 11,92 anos), com distribuição semelhante entre meninos e meninas (55,1% e 44,9%, respectivamente). O coeficiente de correlação de Pearson com a AR mostrou correlações diretas muito fortes e significativas com as 3 medidas: AEU (0,98, p<0,001), AEA (0,99, p<0,001) e AEJ (0,99, p<0,001). A AEJ foi discriminada como a medida mais precisa pela Curva ROC (AUC=0.995), seguido pela AEA (AUC=0.990) e pela AEU (AUC=0.963). A diferença média mostra uma diferença significativa entre o AEU (2,20 IC 1,15-3,24; p<0,001; DP 3,64) e AEA (1,13 IC 0,30-1,96; p=0,009; DP 2,89) com AR, mas pouca diferença significativa com a AEJ (0,51 IC -0,22-1,24; p=0,169; DP 2,55). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Encontramos uma correlação muito forte entre AR e as três medidas. No entanto, AEJ mostrou uma melhor correlação com AR e a maior discriminação preditiva. Entretanto, são necessários mais estudos utilizando a fórmula da AJ em pacientes hígidos. Desse modo, na prática clínica, sugerimos utilizar o CA porque, ao contrário do CU, seus referenciais anatômicos permitem maior precisão na aferição.

PALAVRAS-CHAVE: 1. Estatura; 2. Ulna; 3. Antebraço; 4. Joelho.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.