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O ADOECIMENTO DO ESPÍRITO PELO TRABALHO: PREVALÊNCIA DE BURNOUT E O PAPEL MEDIADOR DA AUTOCOMPAIXÃO EM PROFISSIONAIS DA SAÚDE

HIRAOKA, Renan Seiji ¹; ESPERANDIO, Mary Rute Gomes ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Teologia – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: Este estudo compõe um projeto mais amplo intitulado ‘’Cuidado espiritual como campo de conhecimento e de políticas públicas em saúde’’, o qual busca se aprofundar no conhecimento sobre a espiritualidade e a saúde. Dessa forma, o presente estudo visa investigar o adoecimento do espírito pelo trabalho, identificando a Síndrome de Burnout junto a profissionais da Saúde. A Síndrome de Burnout é caracterizada por uma busca exacerbada de performance levando a exaustão emocional e cansaço excessivo. Desde 2022, essa síndrome é considerada um fenômeno ocupacional pela OMS, o que permite entender ainda mais a gravidade e a frequência com que esse diagnóstico tem sido feito nos últimos anos. OBJETIVOS: Investigar a presença de Síndrome de Burnout em profissionais da saúde e se existe uma correlação com a autocompaixão, identificando processos de adoecimento do espírito e quais recursos de enfrentamento são utilizados para revertê-lo. MATERIAIS E MÉTODO: Este é um estudo de abordagem quantitativa, do tipo survey, de corte transversal e classificada como descritiva. Os dados foram obtidos através de um link, o qual inclui o TCLE, e foram hospedados na Plataforma Qualtrics. Foram utilizados os seguintes instrumentos: a) questionário para levantamento de dados sociodemográficos, b) Escala de Coping Espiritual-Religioso, c) Escala Breve de Autocompaixão, d) Oldenburg Burnout Inventory (OLBI); Escala WHO-5. A pesquisa inclui profissionais da Medicina e/ou residente em Medicina. RESULTADOS: Participaram do estudo, 150 profissionais da medicina, sendo 67,3% do sexo feminino. Mais da metade da amostra, 58,7%, encontra-se com Burnout, além de a grande maioria apresentar uma autocompaixão de nível moderado. Diversas formas de enfrentamento de estresse foram citadas, tendo como a principal, a atividade física, seguida de choro, diálogo com amigos, dormir, ler e rezar. 39,4% da amostra faz alto/altíssimo uso de Coping Espiritual-Religioso Positivo. Há correlação significativa negativa entre a síndrome de Burnout e a autocompaixão. Ou seja, quanto menos autocompaixão, mais prevalente foi o Burnout, e vice-versa. Não foi encontrada relação significativa entre autocompaixão e Coping Espiritual-Religioso. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os dados apontam para a necessidade de uma intervenção urgente na promoção da saúde mental de profissionais médicos. Os serviços de psicologia hospitalar e de capelania fariam bem em promover intervenções voltadas ao cuidado espiritual e psicológico, principalmente por meio de Programas de Treinamento em Compaixão.

PALAVRAS-CHAVE: Espiritualidade; autocompaixão; Burnout; Doença ocupacional; Enfrentamento

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.